Dilma diz que indústria brasileira vai "virar o jogo"

05 de Julho de 2012 às 09:28

BRASÍLIA e são paulo. Em evento no Palácio do Planalto de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil irá "virar o jogo" em relação à queda da produção industrial no Brasil. Anteontem o IBGE divulgou recuo de 4,3% na produção em maio frente ao mesmo mês no ano passado. A queda registrada foi a nona consecutiva e atinge 17 dos 27 setores pesquisados pelo instituto.


Durante a cerimônia, foram anunciados R$ 22,3 bilhões para crédito, seguro, assistência técnica e extensão rural e garantia de preços e comercialização de produtos da agricultura familiar. Em seu discurso, a presidente afirmou que as medidas para o setor também servirão para "enfrentar a crise".


"Hoje, nós estamos fazendo e continuando uma política extremamente agressiva nessa área. Nós estamos comprando tratores, aqueles pequenininhos. Nós continuamos fazendo isso, com mais agressividade ainda para enfrentar essa crise", afirmou a presidente.


Crise. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou em São Paulo sobre a atual crise internacional e disse que a atual é tão grave quanto a de 2008, quando um dos maiores bancos dos Estados Unidos foi à falência e provocou o congelamento do crédito mundial. Mantega comparou ainda 2012 a 2009, ano em que a crise abalou as economias do mundo todo e o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 0,3%. "Eu diria que 2012 se assemelha a 2009, sem o mergulho que houve naquela ocasião. Porém, temos que ter a consciência de que nós estamos enfrentando uma crise bastante grave e que não vai ser solucionada no curto prazo", disse Mantega.


Segundo o ministro, essa crise é tão grave quanto a de 2008. E, pior, os países desenvolvidos que estão no centro da crise têm menos instrumentos para agir. "Essa crise parece menos intensa do que a de 2008 mas não é, só tem formato diferente", disse.

Governo amplia limite de renda para agricultor

Brasília. O Plano de Safra da Agricultura Familiar lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff ampliou o limite de financiamento e os tetos de renda bruta para enquadramento nas linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).


No caso do acesso ao microcrédito rural, a renda máxima exigida passou de R$ 6.000 para R$ 10 mil. Isso permitirá a inclusão de mais produtores no Pronaf, que poderão tomar até R$ 10 mil para custeio, a juros de 1,5% ao ano, e R$ 2.500 para investimento, a 0,5% ao ano. O limite do financiamento de custeio do Pronaf passou de R$ 50 mil para R$ 80 mil por agricultor. O limite de crédito das cooperativas centrais aumentou de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões, com juros de 4% ao ano.

 

Fonte: O TEMPO

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