Operação da Receita para checar imóveis de luxo continua em BH

05 de Abril de 2013
por: Fernanda Borges

A Receita Federal continua com a devassa nos condomínios de luxo e em imóveis de alto padrão da capital e de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde terça-feira, um helicóptero adaptado com câmera para captar imagens exteriores dos imóveis sobrevoa áreas nobres para fazer a conferência de dados relativos às construções. Por meio da Operação Grifo, os auditores fiscais verificam se as obras feitas são compatíveis com os números apresentados pelos proprietários dos imóveis.

Estima-se que o rombo anual provocado por sonegação das contribuições previdenciárias relativas a construções no estado chegue a meio bilhão de reais. O pagamento é obrigatório para quem constrói ou reforma um imóvel, até mesmo para obtenção do habite-se, mas parcela significativa não regulariza o pagamento.

Segundo nota divulgado pela Receita Federal nesta quinta-feira, a operação se encontra na fase final de levantamento de dados, com a coleta de imagens. Hoje, os trabalhos ocorrem na região da Pampulha, na capital, e na Zona da Mata de Minas.

Ontem pela manhã, o sobrevoo durou duas horas, prosseguindo na coleta de informações em bairros de Belo Horizonte, iniciando pela Região Sul, Mangabeiras, setor de casas do Belvedere, São Bento, Buritis e Santa Lúcia e continuou rumo ao corredor norte para contemplar outras áreas da região metropolitana, tais como bairros da região da Pampulha. A tarde se deslocou para a região de Santa Luzia, Lagoa Santa, Confins, chegando por fim a região de Sete Lagoas. Na terça-feira, a equipe da Receita realizou sobrevoo e registro de imagens de cerca de 20 condomínios na região de Nova Lima em quatro horas de voo.

Regularização

Na Operação Grifo está previsto um período para regularização espontânea pelos contribuintes, que deverão procurar a Receita Federal, exceto nos casos de abertura imediata de fiscalização. Na segunda fase, todos os contribuintes que, convocados, não buscarem a autorregularização, serão fiscalizados. A Receita Federal no Estado estima que poderão ser intimados cerca de 3.000 mil contribuintes ao longo do ano.

Já há cerca de 750 contribuintes pré-selecionados para a fiscalização em virtude da identificação de indícios mais fortes ou que recomendam o aprofundamento dos procedimentos, como, por exemplo, variação patrimonial a descoberto (com indícios de omissão de rendimentos).

 

Fonte: Estado de Minas

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