Com as taxas nas alturas, consumidores devem evitar rolar a dívida

06 de Julho de 2012 às 09:27
por: Janaína Oliveira
 
 
 

 

FREDERICO HAIKAL - 1/7/2010
Crédito
Juro começa a cair, mas ainda continua nas alturas

Mais de dois meses depois de iniciadas as investidas do governo federal contra os juros altos, as taxas finalmente começam a cair para o consumidor belo-horizontino. A taxa pré-fixada para automóveis novos, por exemplo, caiu 12,92% em junho, na capital. No período, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) desceu 2,10%, na modalidade financeiro, e 5,26%, no caso de bens alienáveis.

Até o cheque especial teve ligeira queda, de 0,49%. Mas apesar da barreira até então inamovível começar a ceder, os juros continuam estratosféricos, como mostra análise do Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).

Um exemplo é a taxa do cartão de crédito, de 12,81% ao mês e 324,79% ao ano. Para ter uma ideia clara de como o cartão de crédito pode corroer o orçamento do trabalhador, uma dívida de R$ 1 mil à operadora se transforma em R$ 4.247,85 em um ano e quase R$ 16 mil em dois anos. No cheque especial, a conta também sai cara. Com juros de 8,16% mensais e 156,33% anuais, o empréstimo de R$ 1 mil por uma das modalidades mais utilizadas pelo brasileiro acaba se transformado em R$ 2.563,30 ao final de 12 meses.

“As ações tomadas pelo governo para cortar os juros começam a aparecer. Mas o consumidor deve evitar ir com muita sede ao pote ao consumo. Primeiro, porque tal atitude pode levar a um descontrole financeiro. E segundo, porque as taxas de juros, apesar de iniciarem um pequeno movimento de queda, ainda encontram-se muito altas”, adverte o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Ipead, professor Wanderley Ramalho.

Em junho, o dragão deu uma trégua em Belo Horizonte. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, apresentou discreto aumento de 0,11%. Contribuíram para a alta os itens alimentação in natura (5,01%) e alimentação em restaurante (1,01%).

 

Fonte: Hoje em Dia

 

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