Inflação reduz consumo das famílias
17 de Abril de 2013
Rio de janeiro.As famílias ficaram menos inclinadas a ir às compras em abril, segundo a Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A queda na propensão ao consumo foi de 1,2% em relação a março e de 3,8% na comparação com abril de 2012. Ainda assim, o ICF permaneceu em patamar elevado neste mês, aos 130,6 pontos, indicando um nível ainda favorável.
Segundo a CNC, a inflação tem comprometido uma parcela maior do orçamento das famílias, que ainda se encontram bastante endividadas. Em abril, todos os componentes do indicador registraram queda em relação a março, incluindo os relativos ao mercado de trabalho.
A CNC aponta que a atividade econômica ainda em ritmo lento e o menor crescimento da renda, afetada pelas pressões inflacionárias, estão comprometendo a confiança do consumidor em relação ao emprego.
A avaliação sobre o emprego atual piorou 0,9% em relação a março, enquanto a perspectiva profissional teve queda de 2,0%, e a percepção sobre a renda atual caiu 0,4%. Quanto aos componentes de consumo, o item compras a prazo recuou 2,5%; o item referente ao nível de consumo atual caiu 0,7% e o sobre a perspectiva de consumo teve piora de 0,7%.
Reação. Para tentar conter a alta da inflação, o Banco Central pode definir hoje uma alta na taxa básica de juros, a Selic, que está em 7,25%. A reunião do Comitê de Política Monetária, que termina hoje, é vigiada pelo mercado. Alguns analistas apostam em alta dos juros, outros não. Economistas e executivos de grandes bancos internacionais avaliaram que o BC deverá elevar os juros. A dúvida para os profissionais do Citibank, HSBC, BNP Paribas e Deutsche Bank é só a magnitude da alta.
Deutsche Bank e Citibank citam que o segundo ciclo de alta de juros do governo Dilma Rousseff começará com 0,25 ponto porcentual, enquanto o HSBC e o BNP Paribas estimam que a elevação terá início com 0,50 ponto porcentual de acréscimo à taxa Selic.
"Será um movimento leve de elevação de juros, com um total de 0,75 ponto porcentual neste ano", disse o economista-chefe do banco alemão, José Carlos de Faria. "A inflação não está fora de controle", destacou. Segundo ele, a política de combate aos preços altos pelo Executivo "perdeu credibilidade" nos últimos meses. "A inflação está afetando investimento e consumo, como mostraram recentemente as vendas de varejo. E há a suspeita de que está afetando a renda disponível das famílias", completou o analista.
Segundo a CNC, a inflação tem comprometido uma parcela maior do orçamento das famílias, que ainda se encontram bastante endividadas. Em abril, todos os componentes do indicador registraram queda em relação a março, incluindo os relativos ao mercado de trabalho.
A CNC aponta que a atividade econômica ainda em ritmo lento e o menor crescimento da renda, afetada pelas pressões inflacionárias, estão comprometendo a confiança do consumidor em relação ao emprego.
A avaliação sobre o emprego atual piorou 0,9% em relação a março, enquanto a perspectiva profissional teve queda de 2,0%, e a percepção sobre a renda atual caiu 0,4%. Quanto aos componentes de consumo, o item compras a prazo recuou 2,5%; o item referente ao nível de consumo atual caiu 0,7% e o sobre a perspectiva de consumo teve piora de 0,7%.
Reação. Para tentar conter a alta da inflação, o Banco Central pode definir hoje uma alta na taxa básica de juros, a Selic, que está em 7,25%. A reunião do Comitê de Política Monetária, que termina hoje, é vigiada pelo mercado. Alguns analistas apostam em alta dos juros, outros não. Economistas e executivos de grandes bancos internacionais avaliaram que o BC deverá elevar os juros. A dúvida para os profissionais do Citibank, HSBC, BNP Paribas e Deutsche Bank é só a magnitude da alta.
Deutsche Bank e Citibank citam que o segundo ciclo de alta de juros do governo Dilma Rousseff começará com 0,25 ponto porcentual, enquanto o HSBC e o BNP Paribas estimam que a elevação terá início com 0,50 ponto porcentual de acréscimo à taxa Selic.
"Será um movimento leve de elevação de juros, com um total de 0,75 ponto porcentual neste ano", disse o economista-chefe do banco alemão, José Carlos de Faria. "A inflação não está fora de controle", destacou. Segundo ele, a política de combate aos preços altos pelo Executivo "perdeu credibilidade" nos últimos meses. "A inflação está afetando investimento e consumo, como mostraram recentemente as vendas de varejo. E há a suspeita de que está afetando a renda disponível das famílias", completou o analista.
FMI prevê reflexos na economia brasileira
Nova York, EUA. A inflação alta no Brasil é uma preocupação, sobretudo por ocorrer em um momento de baixo crescimento econômico, o que pode sinalizar que o país está próximo de seu potencial. A avaliação consta em relatório do FMI.
Segundo o economista do FMI, Thomas Helbling, a atual política monetária do Banco Central pode ser questionada. Ele observa que o Brasil enfrenta problemas de oferta de produtos e infraestrutura, mas não há investimentos previstos nessas áreas.
O FMI também reduziu suas projeções para o crescimento econômico do Brasil e do mundo neste ano. A previsão para o crescimento global caiu de 3,5% em janeiro para 3,3% ontem. Para o Brasil, a previsão de crescimento caiu 0,5 ponto percentual em 2013, de 3,5% para 3%.
Segundo o economista do FMI, Thomas Helbling, a atual política monetária do Banco Central pode ser questionada. Ele observa que o Brasil enfrenta problemas de oferta de produtos e infraestrutura, mas não há investimentos previstos nessas áreas.
O FMI também reduziu suas projeções para o crescimento econômico do Brasil e do mundo neste ano. A previsão para o crescimento global caiu de 3,5% em janeiro para 3,3% ontem. Para o Brasil, a previsão de crescimento caiu 0,5 ponto percentual em 2013, de 3,5% para 3%.
Fonte: O TEMPO