Emprego ganha fôlego no país
Há 30 dias, Flávia Monteiro, de 26 anos, resolveu dar uma guinada em sua vida: decidiu se mudar de Campo Belo, no Centro-Oeste mineiro, para Belo Horizonte. A primeira medida foi enviar seu currículo para lojas da capital: “Uma semana depois fui contratada”. Ela é uma das 112.450 pessoas empregadas no Brasil em março. O balanço, divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostrou leve alta, de 0,6%, em relação ao mesmo período de 2012 (111,74 mil vagas). É o melhor resultado para o mês desde 2010 (266 mil).
A geração de vagas em março, entretanto, foi 8,9% menor que em fevereiro (123,4 mil postos). O total de carteiras de trabalho assinadas no primeiro trimestre (306.068) foi 19,7% abaixo do apurado em igual período do ano passado (381.241), quando levados em conta os chamados dados ajustados (declarações fora do prazo). Em Minas, foram gerados 19,592 mil postos de trabalho em março, avanço de 0,47% frente ao mês anterior. Nos trimestre, a alta foi de 0,99% (41.326 postos ) no estado. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 2,82% (114.960).
O ministro da pasta, Manoel Dias, preferiu destacar o saldo de quase 1,1 milhão de carteiras assinadas nos últimos 12 meses. “Tivemos expansão de 2,83% no número de empregos celetistas do país nos últimos 12 meses (1.097.338 vagas), o que equivale a geração de mais de 1 milhão de vagas nos vários setores da economia”, disse. E acrescentou: “Foi o melhor março do governo Dilma”.
Especialistas alertam que a abertura de emprego está estável. O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, destaca: “Os dados apontam estabilidade na média móvel de 12 meses e fica nítido no comportamento recente que a economia brasileira não vem contratando como antes. Atualmente, a média de criação de vagas é menor que no período pré-crise”.
Indústria
A boa notícia é que a indústria dá sinais de recuperação. No país, depois do setor de serviços (61.349 postos), o setor foi o que gerou vagas (25.790), alta de 0,31%. É o melhor resultado nos últimos três anos. Em Minas, as vagas abertas em março foram sustentadas principalmente pelo setor de serviços (7.718 empregos) e indústria de transformação (5.339).
Fonte: Revista Encontro