Desemprego cresce na Grande BH

25 de Abril de 2013
por: Tatiana Lagôa

O número de desempregados na Região Metropolitana de Belo Horizonte aumentou 33,9% em março deste ano frente ao mesmo período de 2012, ao passar de 127 mil pessoas para 151 mil. Com o resultado, a taxa geral de desocupados saiu dos 5,4%, apurados no exercício anterior, e passou a ser de 7%. Em fevereiro, ela estava em 6,2%.

Os dados integram a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita em conjunto pela Fundação João Pinheiro (FJP), Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e divulgada ontem.

Ainda na comparação com o mesmo período do ano anterior, o número de ocupados teve uma alta de 1,3%, ao passar de 2,23 milhões para 2,25 milhões. Já a população economicamente ativa (PEA), teve uma elevação de 3,1% no período, fechando em 2,42 milhões.

Quando a base de comparação passa a ser o mês imediatamente anterior, o resultado também não é positivo. Isso porque a alta do número de desempregados foi de 12,6%, com uma variação de 151 mil para 170 mil pessoas. Já o número de ocupados caiu 1,3%, com alteração de 2,28 milhões para 2,25 milhões.

Entre março desse exercício e o mesmo período do anterior, o setor de comércio e reparação de veículos foi o único segmento que apresentou queda nos postos de trabalho. O segmento tinha 405 mil pessoas ocupadas e passou a ter 394 mil. Nessa base de comparação, a construção foi o destaque positivo, com crescimento de 5,9%, ao sair de 202 mil pessoas para 214 mil.

Porém, quando se compara março com fevereiro, todos os setores amargaram quedas no número de empregados. Novamente, o tombo foi maior para comércio e reparação de veículos (-5,3%). Na outra ponta está o setor de serviços com a menor queda, de 0,1%, ao passar de 1,284 milhão funcionários para 1,283 milhão. A construção civil registrou queda de 1,4%, ao passar de 217 mil pessoas para 214 mil. Na indústria de transformação a baixa foi de 1,9%, ao sair de 317 mil empregados para 311 mil.

ALISSONJ.SILVA
Construção Civil foi o destaque positivo, com crescimento de 5,9% em março
Construção Civil foi o destaque positivo, com crescimento de 5,9% em março

Para a analista de mercado de trabalho da Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Janice Viana, o resultado negativo está ligado à sazonalidade e já era esperado. "Todos os setores tiveram uma redução nos postos na comparação com o mês anterior. comum acontecer quedas no início do ano, já que a economia se aquece de fato no segundo semestre, principalmente próximo ao Natal", afirma. Ela explica que o setor de serviços é o que teve a menor queda por causa do impacto positivo de educação no resultado.

Apesar de o resultado não ter sido positivo, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, com taxa de desemprego de 7%, continua em destaque na comparação com as demais pesquisadas. Apenas Porto Alegre apresenta resultados melhores que os de Minas Gerais, com taxa de 6,5%. Em Fortaleza ficou em 8,9%; em São Paulo, 10,9%; Distrito Federal, 13,3%; e Recife, 13,5%. Dessa forma a taxa geral do país ficou em 11%. "Geralmente a taxa de Belo Horizonte fica próxima da de Porto Alegre por causa das características parecidas dos dois mercados, que se baseiam muito no setor de serviços. E essa realidade continua a mesma. A RMBH deve conseguir empatar com a de Porto Alegre nos próximos meses", afirma.

 

 

 

 

 

Fonte: Diário do Comércio

 

Avenida Amazonas, 491, sala 912, CEP: 30180-001, Belo Horizonte/MG - Telefone: (31) 3110-9224 | (31) 98334-8756