PBH irá à Justiça para exigir escala mínima na saúde
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai entrar com ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para exigir que, durante a greve dos servidores municipais, sejam cumpridos os 30% do efetivo de profissionais nas unidades de saúde da capital. O anúncio foi feito ontem, pelo prefeito, Marcio Lacerda (PSB), durante 30º Congresso Mineiro de Municípios, no Expominas.
Ele alega que alguns postos estão "praticamente sem nenhum funcionário". O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) admitiu deficiência em postos, mas informou que a greve não desrespeita a lei. "Só temos menos de 30% do efetivo em serviços de saúde que não são de urgência ou emergência, como nos postos", disse o presidente do Sindibel, Israel Arimar Moura.
O sindicalista afirmou que os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) resolveram trabalhar com 100% da escala, por entender que o setor é essencial.
O TJMG informou, na noite de ontem, que não havia registrado ação da PBH contra os grevistas.
A paralisação dos servidores começou em 30 de abril. Ontem, o prefeito disse que mantém a proposta de 6,2% de reajuste, mas informou que a prefeitura poderá propor a antecipação desse pagamento para novembro - ao invés de dezembro - ou a divisão do reajuste nos dois últimos meses do ano. "Isso depende da arrecadação (do município), porque não podemos parar as obras", justificou. Em reunião marcada para hoje, a PBH deverá formalizar uma proposta aos servidores, que reivindicam 22% de aumento.
A categoria vai fazer novo protesto hoje, às 9h, na praça Sete, no centro.
Adesão. O Sindibel informou que 70% dos servidores de educação, saúde, fiscalização, administração, zoobotânica, cultura e limpeza urbana aderiram à greve. Já a PBH considera que 35% dos servidores da saúde estão em greve e 11 das 189 escolas municipais aderiram ao movimento.
Fonte: O TEMPO