Começa ofensiva contra o vírus da gripe em Minas
Publicação: 23/05/2013 06:00 Atualização: 23/05/2013 06:50
![]() |
|
Medicamento será fornecido a pessoas do grupo de risco não vacinadas |
Novas normas para atendimento no combate à influenza. A partir deste ano, pacientes do grupo de risco – gestantes, crianças menores de 2 anos, idosos e portadores de doenças crônicas – que não se vacinaram, mas tiveram contato com alguém que contraiu a gripe, também receberão o tratamento com oseltamivir, medicamento usado no combate ao vírus, mesmo sem apresentar os sintomas. O novo protocolo do governo federal será repassado aos profissionais das unidades de saúde para que os comprimidos sejam prescritos nas primeiras 48 horas. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), em Minas, já são 14 casos confirmados de influenza A (H1N1 e H3N2) e B e dois óbitos (um pelo tipo H1N1 e outro pelo B) – um em Extrema e outro em Pouso Alegre, no Sul do estado. Uma terceira morte, de uma mulher em Uberaba (no Triângulo Mineiro), está em investigação.
A SES lançou ontem o plano estadual de enfrentamento à doença. Tradicionalmente divulgada a partir de junho, a mobilização foi antecipada este ano por causa da epidemia em São Paulo, onde foram registrados mais de 1,8 mil casos e 55 mortes. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, a medida preventiva se deve à situação no vizinho território paulista e ao grande fluxo de pessoas entre os dois estados.
O secretário informou que a secretaria recebeu a primeira carga de tratamentos do Ministério da Saúde. Eles serão repassados aos municípios, com prioridade para aqueles onde já houve casos e para as cidades do Sul do estado, que são mais frias”. A previsão da SES é de que serão necessários 420 mil tratamentos.
A mobilização será intensificada durante os encontros de preparação para a Jornada Mundial da Juventude e na Copa das Confederações. Na época dos jogos, será feito um rastreamento dos viajantes vindos da China, onde uma nova mutação do influenza A, o H7N9, atingiu as regiões Leste e Nordeste do país, matando um quarto dos pacientes infectados.