Parcela de inadimplentes em BH cai para 8% em maio

11 de Junho de 2013
por: Aparecida Lira

No mês de maio, 8% dos consumidores de Belo Horizonte tinham alguma conta em atraso para pagar, percentual cinco vezes menor do que o de maio de 2012 (45,8%) e o mais baixo apurado desde 2007. Apesar disso, 51,03% das famílias tinham algum débito para quitar naquele mês, valor que subiu em relação a abril, período em que o nível de endividamento era de 48,5%. Já em relação maio do ano passado, quando 70% dos consumidores estavam endividados, o índice evidencia uma nova postura da população, mais atenta aos apertos financeiros.

Os dados constam da Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio, de Bens e Serviços de Minas Gerais (Fecomércio MG).

"Controlar as despesas é fundamental para não impactar no endividamento e na inadimplência, que vêm caindo desde meados de 2012", observa Gabriel de Andrade Ivo, economista da Fecomércio. A PEC mostra que mais da metade (53,2%) das pessoas que têm dívidas estão com até 30% da renda comprometida, percentual considerado seguro e que implica em poucos riscos de inadimplência. Entretanto, em abril quase 60% (59,7%) das famílias comprometiam o mesmo percentual para pagar débitos anteriores.

Apesar deste resultado animador, a taxa de inadimplência subiu de 3,3%, em abril, para 4% em maio, mas continua em patamares mais baixos do que a de maio de 2012 (6,3%). A inadimplência detectada pela Fecomércio vinha se mantendo acima dos 5% dede 2006. A partir de dezembro passado ela caiu para 4,9% e não voltou a superar este patamar.

ALISSON J. SILVA
O cartão de crédito representa 65% das dívidas
O cartão de crédito representa 65% das dívidas

 

Mulheres - O levantamento mostra também que a grande maioria (85,7%) dos endividados são mulheres e que 80% são da classe C. O que gera este quadro, na análise de Andrade Ivo, é a falta de cultura de uso planejado de crédito. "A facilidade de adiar e parcelar compras, a liquidez imediata, a comodidade e agilidade dos processos de compra são fatores que impactam diretamente no comprometimento da renda futura das famílias", explica o economista.

No mês passado, 65% dos compromissos financeiros das famílias eram com o cartão de crédito, seguido pelos cartões de lojas (8,2%), financiamento de carros (5,8%) e empréstimo com familiares e conhecidos (4,3%).

Entre as contas que deixaram de ser pagas, as mais comuns são das de telefone fixo (35,3%), o que não ocorre normalmente, já que a água é o compromisso que as pessoas mais costumam deixar de pagar. Em seguida, em maio, veio a internet banda larga (17,6%), a energia elétrica (17,6%), aluguel (17,6%), telefone celular (6%) e transporte (5,9%).

 

 

 

 

 

Fontes: Diário do Comércio

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