Juros do cheque especial passam de 210% ao ano

São Paulo. A taxa média dos juros cobrados no cheque especial pelos maiores bancos do país é de 149,9% em um ano (ou 7,93% ao mês), segundo pesquisa do Procon-SP. De acordo com cálculos feitos pela FGV-SP, a taxa anual mais alta encontrada passou de 210%. Esses são números médios e podem variar para cada situação específica, porque os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado pelo cliente e a relação entre eles.
O Santander, com taxa média mensal de 9,95% (o que daria 212,14% em um ano), tem a maior taxa entre os sete bancos pesquisados (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e o próprio Santander).
Em uma dívida de R$ 100, o cliente pagaria cerca de R$ 312,14 ao final de um contrato de 12 meses. A Caixa Econômica Federal tem a menor taxa de juros para a modalidade entre os bancos pesquisados, com 4,27% ao mês no cheque especial, ou 65,16% em um ano. Nesse caso, uma dívida de R$ 100 custaria R$ 165,16 em 12 meses.
Por mês. Os juros cobrados pelos bancos pelo uso do cheque especial subiram ligeiramente em junho na comparação com maio, enquanto se mantiveram inalterados nas operações de crédito ao consumidor. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, a taxa média mensal do cheque especial passou de 7,92% para 7,93%. Já a taxa média do empréstimo pessoal permaneceu em 5,22%. O levantamento envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.
Segundo o Procon-SP, as altas das taxas foram verificadas no Bradesco, onde o juro subiu de 8,76% para 8,78% ao mês, e no Santander, de 9,87% para 9,95% ao mês. As menores taxas de empréstimo pessoal e de cheque especial foram verificadas na Caixa Econômica Federal, 3,51% e 4,27% por mês, respectivamente.
Já a taxa mais alta de empréstimo pessoal foi encontrada no Bradesco (6,19%) e a maior taxa mensal na modalidade de cheque especial foi verificada no Santander (9,95%).
Fonte: O TEMPO