Protestos geraram perdas de R$ 74,6 mi para o comércio

05 de Julho de 2013
por: Pedro Grossi
No protesto do dia 26 de junho, agências de veículos da av. Antônio Carlos foram depredadas
No protesto do dia 26 de junho, agências de veículos da av. Antônio Carlos foram depredadas

Os efeitos políticos da onda de manifestações que ocorreram na última quinzena no país e na capital ainda não podem ser mensurados, mas alguns impactos econômicos começaram a aparecer – pelo menos para o comércio.


Segundo levantamento divulgado ontem pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), as perdas causadas pelas manifestações somaram R$ 74,6 milhões.

A pesquisa levou em conta qual seria o faturamento dos varejistas em condições normais e qual foi a perda de vendas registrada por eles durante as manifestações. “A expectativa era de o varejo ter um incremento financeiro em função da Copa das Confederações e o resultado acabou sendo um prejuízo”, diz o coordenador da pesquisa e economista da Fecomércio-MG, Gabriel de Andrade Ivo.

Pelo levantamento, 95,5% dos empresários do setor na capital afirmaram que o comércio foi prejudicado e 79,3% disseram que a rotina dos seus negócios foi modificada. Para 24,7% dos entrevistados, as perdas nas vendas foram superiores a 50% e, para metade dos lojistas ouvidos, a queda no faturamento foi de 20%.

“Agora o movimento está se recuperando, mas no dia seguinte ao jogo do Brasil com o Uruguai, em que houve mais violência, a rua ficou deserta”, conta Maria Raquel Sodré, gerente de marketing da concessionária Minas Motos, na avenida Antônio Carlos, uma das regiões mais afetadas pelos protestos na cidade.

Para a Copa do Mundo, segundo Ivo, a expectativa ainda é positiva. “Os empresários estão um pouco cautelosos, mas, se não houver protestos, a perspectiva é de crescimento nas vendas”, completa, otimista. 

 

Fonte: O TEMPO

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