Sindicatos articulam greve geral e prometem parar o país
O Brasil vai parar amanhã. Ao menos se for confirmada a expectativa das oito centrais sindicais que articulam o “Dia Nacional de Luta”, uma greve geral em 20 Estados, com direito a marchas em várias cidades, fechamentos de rodovias importantes e vários profissionais de braços cruzados.
Devem paralisar amanhã, entre outras categorias, metalúrgicos, químicos, servidores públicos, motoboys, trabalhadores da construção civil e portuários – há previsão do fechamento do Porto de Santos –, além de professores e profissionais de saúde.
As reivindicações são as mais variadas, desde as específicas de cada categoria, como mais investimentos em saúde, plano de cargos e salários de servidores públicos, jornada menor e aposentadoria especial, até as gerais, como fim do fator previdenciário e das Parcerias Público-Privadas.
Hoje o dia promete ser decisivo para várias categorias, que ainda vão decidir se a greve será parcial, total, ou mesmo se vão aderir aos protestos. Os metroviários, por exemplo, se reúnem hoje para decidir se suspendem os serviços.
Minas. A presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Beatriz Cerqueira, diz que, até a tarde de ontem, algumas categorias já tinham definido que parariam suas atividades no Estado. Entre elas, a dos trabalhadores da educação do Estado e do município de Contagem (região metropolitana), além de profissionais da área da saúde estadual, eletricitários e urbanitários (funcionários da Copasa), metalúrgicos de Contagem e da região do Vale do Aço.
Por enquanto, a expectativa da CUT-MG é que as manifestações reúnam 30 mil nas ruas da capital mineira.
A concentração deve começar por volta das 10h, na praça Sete, no centro de Belo Horizonte. Outras cidades mineiras também devem aderir, como Uberlândia, Montes Claros, Viçosa, Governador Valadares e Ipatinga – onde está previsto o fechamento da BR–181.
Saúde. Os trabalhadores da rede estadual de saúde já decidiram pela paralisação das atividades, segundo a diretora do Sind-Saúde/MG, sindicato da categoria, Maria Lúcia Barcelos. “A lei fala que temos que manter 30% dos serviços. Vamos trabalhar em escala mínima. E para os setores de urgência e emergência, além do CTI e blocos cirúrgicos, vamos manter 50% dos serviços necessários”, diz.
Segundo ela, o sindicato representa cerca de 13 mil trabalhadores, 80% deles na capital. “A perspectiva é que a manifestação conte com cerca de 5.000 trabalhadores da área da saúde do Estado, sem contar os profissionais do município e de instituições privadas”. (Com agências)
Fonte: O TEMPO