Atrasadas, obras do BRT avançam em várias frentes simultâneas

11 de Julho de 2013
por: Guilherme Paranaiba e Tiago de Holanda

 

Atrasadas, obras do BRT avançam em várias frentes simultâneas (Beto Magalhaes/EM/D.A Press)  
Atrasadas, obras do BRT avançam em várias frentes simultâneas


Milhares de pessoas andando no meio dos carros, veículos disputando cada centímetro de vias com restrição de tráfego, ônibus que passam raspando nas calçadas, carga e descarga feita de qualquer jeito, engarrafamentos quilométricos, tudo isso em meio a uma fiscalização ineficaz, quando não inexistente. Essa é a confusão que se agrava a cada dia no entorno das obras do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) no Hipercentro de Belo Horizonte. Um quadro que se mostrou especialmente ruim ontem, com concentração de torcedores na área central devido ao jogo Atlético x Newell’s Old Boys, mas que tende a ficar ainda pior quando a restrição de tráfego chegar à Rua Caetés, poucos metros depois do fim do viaduto que liga a Avenida Antônio Carlos ao Centro.

Segundo fontes ligadas à administração municipal, o cruzamento da Caetés com a Avenida Paraná é um dos poucos espaços viários que ainda precisam ser fechados para reforma, o que deve ocorrer em breve. Enquanto isso não acontece, em apenas 1,3 quilômetro de tratamento viário nas avenidas Santos Dumont e Paraná, por onde vão circular os novos ônibus do BRT Central, a situação beira o caos, motivada pelo atropelo no cronograma. Enquanto em fevereiro a Secretaria Municipal de Obras anunciou que as intervenções no Centro se dariam em cinco etapas distintas, o Estado de Minas comprovou a ocorrência de mais de uma fase simultaneamente, o que sufoca  o trânsito em toda a cidade. Agentes da BHTrans ouvidos pelo EM ainda garantem que durante as obras operários costumam fechar mais espaços do que o planejado para interdições no trânsito, o que causa transtorno até que os fiscais consigam contornar os problemas.

 
A previsão é de que todas as obras do sistema se encerrem em dezembro, inclusive o BRT Central, para que os ônibus comecem a circular em fevereiro de 2014. Com a interdição de parte da Rua Curitiba para as intervenções na Santos Dumont desde o dia 3, a situação mais crítica está nos arredores da Praça Rio Branco. Todo o tráfego que desce a Afonso Pena em direção à rodoviária fica restrito a duas faixas, enquanto pedestres aproveitam a lentidão para andar no meio dos carros e transportadores fazem o que podem para desembarcar suas mercadorias. Quem vem da Caetés acaba se deparando com a confusão e é muito comum ver carros fechando o cruzamento.

Segundo o cronograma de obras, as interdições na Santos Dumont se dariam em etapas distintas, sendo uma em cada sentido. Porém, toda a avenida está fechada, assim como as alças da Praça Rio Branco, que serão a conexão entre as duas vias do BRT no Centro. Com a diminuição de capacidade da Rua Curitiba, o reflexo é visto, por exemplo, na Afonso Pena. Na Avenida Paraná também há fechamentos dos dois lados ao mesmo tempo no quarteirão entre Tupinambás e Caetés, o que mais uma vez contraria o cronograma.

O EM apurou que três pontos ainda demandam intervenções viárias que podem gerar fechamentos parciais ou totais de tráfego. Além da obra na Rua Caetés, que ameaça provocar filas gigantescas na Avenida Antônio Carlos, há necessidade de intervir em dois pontos em que os ônibus farão retorno. Um é o cruzamento da Santos Dumont com a Rua da Bahia, na Praça da Estação. O outro, o encontro das avenidas Paraná e Amazonas, próximo ao Mercado Central.
 
 
Fonte: Estado de Minas

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