Falta de transporte provocou prejuízos ao comércio nessa quinta-feira
12 de Julho de 2013
por: Pedro Rocha Franco
![]() |
|
Com depredação em concessionárias ainda na memória, lojistas da Pedro II fecharam portas durante protesto |
Sem que trabalhadores conseguissem chegar ao serviço devido à paralisação dos metroviários e ao fechamento de importantes estações de ônibus de Belo Horizonte e região metropolitana, bancos, agências dos Correios e do INSS e estabelecimentos comerciais não funcionaram plenamente ontem na capital. O principal problema para a economia da cidade está relacionada ao fechamento de agências bancárias. Devido ao temor de depredação, unidades do hipercentro, onde os manifestantes haviam marcado de se concentrar, fecharam as portas. Segundo o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, mais de 200 filiados participaram da greve geral.
A paralisação do metrô e a desconfiança sobre o funcionamento normal dos ônibus fez com que muitos trabalhadores se atrasassem e alguns patrões tivessem que encontrar alternativa para o transporte dos funcionários. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), no entanto, o comércio funcionou sem registro de estabelecimentos fechados em massa na capital, o que poderia resultar em prejuízo de até R$ 76 milhões, valor do faturamento em um dia útil. Com o clima pacífico dos protestos, a maioria dos comerciantes trabalhou normalmente.
REFLEXOS EM RODOVIAS
Em Ipatinga, no Vale do Aço, o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindipa) fechou a BR-381 pela manhã, provocando congestionamento de 50 quilômetros, segundo manifestantes. Além da pauta comum das centrais sindicais, os metalúrgicos exigem do governo federal a duplicação imediata da rodovia. Em Betim e Contagem, na Grande BH, outros 1,5 mil metalúrgicos paralisaram as atividades ontem.
A BR-367, que corta o Vale do Jequitinhonha, também foi fechada, de manhã, em dois trechos: um em Virgem da Lapa e outro entre Itaobim e Jequitinhonha. Nos dois locais, os manifestantes cobravam obras de pavimentação da rodovia. Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) reivindicaram a melhoria da segurança na rodovia perto de um assentamento no município de Jequitinhonha, onde recentemente uma mulher morreu atropelada. Os manifestantes colocaram fogo em pedaços de madeira, impedindo o trânsito. Novo protesto pelo asfaltamento da estrada está marcado para dia 25, desta vez em Chapada do Norte.
Fonte: Estado de Minas