Presidente Dilma afirma que meta de inflação para o ano de 2013 será mantida

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 17, que há dados econômicos que desmentem análises negativas que estão sendo feitas sobre a economia brasileira. "Aproveito para repelir as posturas pessimistas quanto à economia brasileira hoje e no futuro próximo. Há dados que desmentem as análises mais negativas. Temos estruturalmente mais condições do que em anos passados. Isto é uma verdade que tem sido ignorada", afirmou durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, que comemora 10 anos de criação.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que com certeza a meta de inflação prevista para 2013, será mantida. Para este ano a meta é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%).
"A inflação no Brasil vem caindo de maneira consistente nos últimos meses. O IPCA de maio (0,37%) foi menor que o IPCA de abril (0,55%). O de junho (0,26%), menor que o de maio. E em julho, deverá ser menor que o de junho e muito próximo de zero. Nós sabemos que a inflação no país tem caráter ciclo-sazonal. Nós agora estamos na faixa da baixa da inflação, assim como estivemos no momento de pressão inflacionária fruto de algumas questões que não controlamos, em especial de um choque de oferta que aconteceu na metade do segundo semestre para o fim do segundo semestre do ano passado e que repercutiu fortemente neste ano de 2013. Nós temos certeza que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta", afirmou a presidente.
A presidente criticou o comportamento de quem cira um "ambiente de pessimismo" ao dar "informações parciais sobre a situação econômica.
"É incorreto falar em descontrole da inflação ou das despesas do governo. É desrespeito aos dados , à lógica para dizer no mínimo. A informação parcial da forma como muitas vezes é explorada confunde a opinião pública e visa criar um ambiente de pessimismo que não interessa a nenhum de nós, o que não é bom para o Brasil. O barulho tem sido muito maior que o fato. Temos dificuldade sim, mas temos também uma situação hoje que não se compara com nenhum momento no passado tanto no que se refere a robustez como no que se refere também à capacidade do país de enfrentar problemas no fronte externo."
Dilma afirmou ainda que o País está enfrentando suas carências mesmo com os obstáculos impostos pela crise econômica internacional iniciada na década passada. "Carências que existiriam com crise ou sem crise internacional, mas que se tornam mais complexas por causa dela. A crise não é uma justificativa para que não as enfrentemos. Aliás, é um motivo para que o façamos com maior determinação e deliberadamente."
Segundo a presidente, o pacto do governo federal com a estabilidade fiscal é uma garantia de que nenhuma mudança a ser feita ameaçará degradar as contas do País. "Isso elimina qualquer tentação de populismo fiscal. Estabelece com clareza que só podemos gastar aquilo que temos para gastar, aquilo que não compromete o equilíbrio fiscal e o controle da inflação", afirmou, ao se referir às medidas que estão sendo adotadas após as manifestações de ruas no Brasil no mês passado.
Não por acaso a presidente disse que a relação entre os setores público e privado é crucial para o País. "Eu diria que superamos aquela oposição que durante muito tempo existiu no Brasil, de que o setor publico ou o setor privado deviam fazer certas obras", disse.
Dilma citou as licitações e concessões que o governo federal têm feito na área de infraestrutura como exemplo Segundo ela, as iniciativas estão atraindo investidores "apesar da situação internacional difícil". Ela falou da última rodada para exploração do petróleo, que teve recorde de arrecadação e citou o Campo de Libra, como um dos maiores potenciais de petróleo no mundo.
Sobre os leilões de energia elétrica, Dilma disse que eles foram positivos, apesar de previsões catastróficas. Em relação ao setor portuário, a presidente citou a aprovação do marco regulatório dos portos. "Esse marco recém-aprovado já permitiu anúncio público de 50 terminais de uso privado, o que indica que será um processo bem sucedido, uma vez que se abriu os portos à participação de investidores privados do nosso pais", disse.
Segundo Dilma, o Brasil precisa enfrentar seus custos. "Estamos promovendo a transformação da nossa infraestrutura. Queremos mais eficiência e competitividade."