Aumenta medo de inflação e desemprego

30 de Julho de 2013

Brasília - A expectativa do consumidor em julho se manteve no mesmo patamar do que estava em junho, segundo o Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas entre os entes do indicador, o medo com a inflação e o desemprego estão crescendo. De acordo com a pesquisa divulgada ontem, depois da queda de 3,5% em junho na comparação com maio, o índice ficou estável em julho, em 110 pontos. Mas o nível de confiança não retomou o patamar que estava no ano passado e em comparação a julho de 2012, o indicador caiu 2,7%.

A inflação é a grande causadora da redução da confiança, aponta pesquisa, que mostra que a expectativa dos consumidores sobre o aumento dos preços está em seu pior nível desde 2001. O indicador de expectativa de inflação caiu 5,9% em julho na comparação com junho. A queda em relação ao mesmo mês do ano passado foi de 11,1%.

"Esse movimento deixa clara a preocupação do consumidor quanto à evolução dos preços nos próximos seis meses. O índice de julho para a inflação é o mais baixo desde 2001 Ú quanto mais baixo o indicador maior é a preocupação", afirma a CNI na pesquisa.

O medo de perder o emprego também piorou a confiança dos brasileiros para ir às compras. A expectativa em relação ao desemprego caiu 2% frente a junho e 8,1% na comparação com julho de 2012. "O movimento de baixa indica pessimismo do consumidor quanto à capacidade da economia brasileira continuar gerando novos postos de trabalho nos próximos seis meses", mostra a CNI.

A expectativa do consumidor sobre a evolução de sua renda se manteve estável. Tanto o indicador sobre a renda quanto sobre a avaliação da situação financeira dos entrevistados não mudou na comparação de julho com junho. Mas na comparação com o mesmo mês do ano passado, a confiança sobre a evolução da renda pessoal caiu 0,4% e sobre a situação financeira recuou 2,4%. "Isso significa que o pessimismo apontado em julho não foi revertido e que o momento atual, em termos de renda futura e da situação financeira, é pior do que há 12 meses", diz CNI.

Por outro lado, o consumidor está otimista sobre a evolução do seu endividamento e sobre suas intenções de consumo de bens duráveis. Quando se compara julho com junho, a percepção quanto ao endividamento melhora em 1,3%; enquanto a perspectiva de consumo avança 2,1%. Na comparação com o ano passado, a oscilação positiva se repete para a intenção de fazer compras, que cresceu 3,4%. Já o endividamento mostra piora na avaliação em 12 meses, com queda de 3,7%.

Segundo a CNI, o INEC deste mês ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 11 e 14 de julho. (AG)

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