Alimentos ficam mais caros e inflação volta a subir no país

06 de Setembro de 2013

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, voltou a subir e fechou agosto com taxa de 0,24%, ante taxa de 0,03% em julho. Já em agosto do ano passado, o IPCA ficou em 0,41%. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O leite longa vida e a refeição fora de casa foram os itens que mais contribuíram para a alta da inflação oficial. Juntos, esses dois itens responderam por um terço da inflação. Segundo o IBGE, o preço do leite subiu 3,75% em agosto. “Esse é um período de entressafra. Além disso, os produtores vêm argumentando que houve problemas nas pastagens, por causa do frio e das chuvas, e que o preço estava defasado. Também houve aumento da demanda e pode ter havido um efeito do dólar na ração [do gado], por exemplo”, disse a coordenadora do Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Já a refeição fora de casa teve alta de preços de 0,76% em agosto. Segundo Eulina, esse item vem agregando, aos poucos, a alta dos alimentos, que, apesar de ter registrado inflação de apenas 0,01% em agosto, acumula altas de 5,68% no ano e de 10,46% nos últimos 12 meses.

Além do leite, a alta do dólar teve impactos em outros alimentos em agosto, principalmente naqueles que usam o trigo como insumo, como o pão francês (com inflação de 1,56%), farinha de trigo (2,68%) e pão doce (1,43%). Com isso, houve impacto também no café da manhã fora de casa, que teve alta de 1,53%.


Os alimentos voltaram a subir em agosto (0,01%), depois de registrar deflação (queda de preços) de 0,33% em julho. Como houve uma alta de 0,34 ponto percentual na taxa, os alimentos, que respondem por quase um quarto do orçamento das famílias brasileiras, contribuíram para a alta do IPCA.

Outros itens que tiveram contribuição importante para a alta do IPCA foram os planos de saúde (0,94%), aluguel residencial (0,74%), recreação (0,8%), empregado doméstico (0,53%) e mobiliário (1,22%).

O IPCA acumula taxas de 3,43% no ano e de 6,09% nos últimos 12 meses. O IPCA de 12 meses é o menor desde dezembro de 2012, quando havia sido 5,84%, e se mantém abaixo do teto da meta de inflação do governo, de 6,5%.

Na capital mineira, o índice caiu para 0,00%, ante alta de 0,05% em julho. No ano, o índice acumula taxas de 3,60%. Já no acumulado nos últimos 12 meses, o IPCA em Belo Horizonte ficou em 5,91% Das 11 capitais pesquisadas pelo IBGE, o maior índice em agosto foi registrado em Brasília (0,46%) e o menor em Fortaleza (-0,11%).

INPC volta a registrar inflação em agosto


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,16% em agosto. O índice voltou a registrar inflação depois de uma queda de preços de 0,13% em julho. Apesar disso, ainda ficou abaixo de 0,24% medido pela inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em agosto.

Assim como no IPCA, a alta do INPC foi puxada pela inflação nos grupos habitação (0,52%) e saúde e cuidados pessoais (0,41%), além dos artigos de residência, com taxa de 0,83%.

Os alimentos continuaram com queda de preços (-0,14%), embora em ritmo menor do que em julho (que havia registrado taxa de -0,4%). Também em deflação (queda de preços) em agosto aparecem os transportes (-0,11%). (Com Agência Brasil)

 

Fonte: Agência Brasil

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