Mais de 80% conseguem renegociar dívida em banco

06 de Setembro de 2013
por: Queila Ariadne

É possível quitar o que se deve, pagando menos. Só não é tão fácil. Uma pesquisa divulgada ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 84% dos inadimplentes que procuraram um banco para renegociar uma dívida, conseguiram liquidar os débitos. No entanto, o mesmo levantamento mostra que 61% dos que tentaram acharam a tarefa difícil.

O processo de tentar reduzir o valor da dívida é trabalhoso, mas garante resultados. Segundo o analista econômico da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Juan Moreno, o primeiro passo é conversar pessoalmente com o gerente para negociar uma taxa de juros mais baixa. Depois, a dica é comparar.

“Se é a primeira vez que o consumidor está procurando o banco para renegociar uma dívida, a chance de conseguir um grande desconto é maior, pois as instituições consideram o histórico financeiro”, afirma Moreno.

Como não há uma tabela de juros, os bancos não revelam até quanto podem baixar as taxas para conseguir receber pelo menos uma parte da dívida atrasada. O Santander, por meio da assessoria de imprensa, afirma que a análise é pessoal e considera se a pessoa já tem outras dívidas, como as paga e se já procurou o serviço outras vezes.

O estudo revela que os bancos estão mais abertos à negociações e que os clientes não pensam duas vezes em aceitar a oportunidade. “É importante perguntar sobre o desconto à vista. Caso seja muito bom, o consumidor pode até pensar em pegar um empréstimo, desde que os juros sejam menores”, alerta o economista

Outra dica é pesquisar entre bancos diferentes. “A portabilidade das dívidas, implementada no Brasil em abril do ano passado, incentivou o consumidor a transferir os débitos de um banco para o outro em busca de juros menores. Para contornar a concorrência, os bancos estreitaram a relação com os clientes e desburocratizaram a negociação”, explica o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior.

Por renda. O estudo mostra que 63% dos devedores estão concentrados nas classes C/D/E, com renda familiar mensal de até R$ 2.200. “É natural, se considerarmos que esses brasileiros passaram a ter acesso a crédito barato e desburocratizado em um passado muito recente, sem saber como utilizá-lo de maneira planejada”, avalia o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.

Independentemente da classe social, os inadimplentes pretendem continuar comprando roupas e sapatos. A intenção de adquirir esses itens está presente em 71% da faixa C/D/E e em 79% da A/B.


Linha ajudará empresas a pagarem 13º


São Paulo.
O Santander vai disponibilizar R$ 2 bilhões para apoiar pequenas e médias empresas (PMEs) no pagamento do 13º salário de funcionários. O crédito será oferecido pela linha chamada Giro Bonificado, beneficiando o bom pagador com até quatro parcelas bonificadas. As taxas líquidas cobradas nessa linha partem de 1,07% ao mês. Nos últimos dois anos, a carteira de crédito às PMEs cresceu 30,8%. “Temos forte compromisso com o crescimento do Brasil e acreditamos que as PMEs são fundamentais nesse processo. Vamos investir de maneira constante no segmento”, disse o presidente do Santander, Jesús Zabalza.

 

Fonte: O TEMPO

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