Sem acordo com Correios, grevistas planejam greve nacional na 3ª feira

13 de Setembro de 2013

BRASÍLIA - Reunidos no fim da tarde desta quinta-feira, 12, os representantes dos Correios fizeram uma proposta de reajuste de 8% nos salários, garantia da manutenção de todos os benefícios com reposição da inflação integral no período (6,27%), vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro, e vale-cultura, dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo governo federal.

A proposta, no entanto, não foi aceita. Os sindicalistas esperam a adesão de novos Estados nesta sexta e apostam em greve nacional a partir de terça-feira. Oito Estados - Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia, Pernambuco e Paraíba - aderem à greve. Nesta quinta-feira, houve protestos em São Paulo.

A direção da empresa considerou "impraticáveis" as demandas dos sindicalistas. A reunião foi realizada com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e com sindicatos de Bauru, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de São Paulo e do Tocantins.

Os funcionários pedem reajuste de 20% e manutenção do plano de saúde. "O pessoal que faz mais a adesão é operacional", afirmou José Rivaldo da Silva, secretário de Finanças da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect). "Não existe a possibilidade de manter um porcentual trabalhando, porque a empresa é muito grande e continua funcionando."

Em nota, a direção dos Correios informou que 93,3% dos funcionários compareceram ao trabalho nesta quinta, um efetivo de 116.165 pessoas. Os dados foram coletados, segundo a empresa, no sistema de ponto. A estatal disse, ainda, que o impacto do reajuste pretendido pelos sindicatos equivale ao pagamento de 50 meses de salário de todos os funcionários: R$ 31,4 bilhões.

 

Fonte: Estadão

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