Febre amarela – como proceder

27 de Janeiro de 2017

O aumento do caso de febre amarela em Minas Gerais tem provocado uma corrida aos postos de saúde, na procura pela vacina que previne a doença.

Para auxiliar na compreensão sobre a febre amarela e como as pessoas devem proceder, o Sitipan traz informações repassadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Confira

Situação da doença em Minas
Em 2017, até o momento (26/01), foram notificados 486 casos suspeitos de Febre Amarela, sendo que desses 19 já foram descartados, e 84 são casos confirmados. Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram:

Em relação aos óbitos, há 97 óbitos suspeitos. Desses, 40 foram confirmados. Ainda segundo a Secretaria, 38 mortes confirmadas estão relacionadas às cidades dos vales do Rio Doce e do Mucuri. Outras duas mortes têm relação com os municípios de Januária, no Norte do estado, e Definópolis, no Sul. A SES ainda investiga os locais de contágio nos dois casos. No óbito relacionado a Januária, a vítima morreu em Brasília, conforme a secretaria.

Todos os casos notificados ocorreram em área rural. Historicamente, os meses de dezembro a maio são o período de maior número de casos com transmissão considerada possível em grande parte do Brasil.

Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de registros até o momento. Foram notificados casos também nos estados da Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal, com local provável de infecção em Minas Gerais.

Devo me vacinar?
A vacina, única forma de evitar a Febre Amarela, é recomendada a todas as pessoas, principalmente aquelas que moram ou vão viajar para áreas com indícios de febre amarela.

Está disponível, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em todas as unidades de saúde, e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco. Ela é válida por 10 anos.
As pessoas que não estiverem com doses em dia, precisam atualizar o cartão de vacina.

Se uma cidade ou região é considerada "área de risco", isso significa que todos os moradores e turistas que passarem por aquele local precisam estar com a vacinação em dia.

Esquema Vacinal
O atual esquema vacinal contra febre amarela, já incluído no calendário nacional de vacinação do SUS, é composto por uma dose aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos.

Já para pessoas que nunca foram vacinadas ou não possuem comprovante de vacinação é necessário administrar a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos.

Dessa forma, indivíduos que já receberam duas doses da vacina ao longo da vida já podem ser considerados imunizados e não precisam do reforço de 10 em 10 anos.

Casos específicos
Como a vacina pode gerar problemas para pessoas com o sistema imunológico mais baixo, pessoas com 60 anos ou mais que nunca tomaram a vacina só podem tomar o imunizante após avaliação médica.

A vacina é contraindicada para gestantes, podendo ser autorizada por um especialista se houver situação de emergência epidemiológica ou necessidade de viagem para área de risco.

Lactantes de crianças com até seis meses devem suspender o aleitamento materno por 28 dias após a vacina.

Pacientes com imunodeficiência devem passar por avaliação médica de risco-benefício antes de tomar o imunizante.

Pessoas com histórico de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina contra febre amarela – ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina –, assim como pacientes com histórico de doenças do timo, também devem buscar orientação.

Viajantes
De acordo com o Ministério da Saúde, viajantes para fora do Brasil devem seguir as recomendações do Regulamento Sanitário Internacional. Já quando o destino é uma área de recomendação da vacina no Brasil é preciso se vacinar com pelo menos dez dias de antecedência no caso da primeira vacinação.

Sintomas da febre amarela
A doença é de curta duração, podendo se prolongar por até dez dias. Os sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia – a pele e os olhos ficam amarelos – e hemorragias – de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina. A gravidade varia em cada caso.

O problema é que, se não tratada rapidamente, pode levar à morte em cerca de uma semana. O tratamento é apenas assintomático. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em uma Unidade de Terapia Intensiva.

Evolução da doença
O vírus se manifesta entre três a seis dias após a picada, podendo se estender até 15 dias. A maioria dos pacientes apresenta melhora após os sintomas iniciais, mas cerca de 15% acabam desenvolvendo uma forma mais grave da doença.

Tratamento
O tratamento da febre amarela visa atenuar os sintomas da doença. O paciente, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva, com vista a reduzir as complicações e o risco de óbito.

Transmissão
É transmitida pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela. Em regiões de campo e floresta, o principal mosquito transmissor é o Haemagogus. O vírus também pode ser transmitido pelo Aedes aegypti, na forma urbana da doença. Casos de transmissão urbana, no entanto, não são registrados no País desde 1942. A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa.

Áreas de risco
No Brasil, os locais de risco são as regiões de matas e rios das seguintes regiões: todos os Estados da Região Norte e Centro-Oeste, bem como parte da Região Nordeste (Estado do Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), Região Sudeste (Estado de Minas Gerais, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo) e Região Sul (oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Fonte: Ministério da Saúde e Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (http://www.saude.mg.gov.br/component/gmg/story/8975-ses-mg-revisa-classificacao-de-casos-de-febre-amarela)

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