Campanha salarial 2018: negociações difíceis com a classe patronal

O início deste ano de 2018 tem sido marcado por intensas negociações entre o Sitipan e o setor econômico, em torno da Convenção Coletiva de Trabalho das categorias representadas pelo sindicato. No entanto, pouco avançamos até o momento.
Ainda não conseguimos que nossas reivindicações fossem atendidas, apesar das várias reuniões realizadas com os representantes do empresariado para a apresentação da pauta aprovada em assembleia. Novas rodadas de negociação estão sendo marcadas, mas as perspectivas não são animadoras.
Infelizmente, fomos atropelados por uma legislação abrupta e retrógrada (a reforma trabalhista) que precariza e flexibiliza os direitos trabalhistas que tanto tempo levamos para conquistar. E é nessa nova lei que os patrões têm se apegado para negar as nossas reivindicações ou reduzir os direitos em vigor.
O que apresentamos em nossa pauta é o básico para garantir a dignidade do trabalhador, como reajuste salarial, auxílio creche, cesta básica, tíquete alimentação, plano de saúde, quadro classificatório de carreira, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outras.
Não podemos concordar em assinar uma convenção sem que esses itens prioritários sejam contemplados. Por isso, o Sitipan insiste em manter as negociações com o setor patronal e fará o que estiver ao seu alcance para a manutenção e ampliação das conquistas já alcançadas.
Por que querem acabar com os sindicatos?
É muito triste constatar que existe uma força oculta que quer, de uma maneira muito clara, acabar com a existência das entidades sindicais e enfraquecer a luta em defesa da classe trabalhadora.
Basta dizer que, desde que a famigerada reforma trabalhista entrou em vigor, diversos sindicatos ou fecharam as portas ou reduziram drasticamente sua estrutura de atendimento.
Mais de 50% dos funcionários das entidades sindicais já foram demitidos, engrossando as estatísticas dos desempregados no país.
As entidades sindicais, que sempre foram a trincheira de defesa dos trabalhadores, precisam agora do apoio da massa que representa para enfrentar a classe patronal e esse governo que só age contra os interesses da população. Somente desta forma poderá conseguir melhorias na Convenção Coletiva de Trabalho - CCT.
Por isso, o Sitipan vem novamente convocá-lo a se unir ao sindicato e fortalecer a luta pelo atendimento às reivindicações apresentadas. Se os empresários estão unidos do outro lado do balcão, precisamos também nos unir para conseguirmos negociar em pé de igualdade.
Trabalhador: contamos com seu apoio e sua participação.
Essa luta é de todos nós. Unidos somos mais!