Grande BH registra ocupação recorde no mercado de trabalho

26 de Julho de 2012
por: Marinella Castro

Enquanto grandes mercados, como Estados Unidos e Europa enfrentam a  tormenta econômica com desemprego acima da média histórica, na Região  Metropolitana de Belo Horizonte continua sendo primavera no mercado de  trabalho. A taxa de desemprego passou de 5% em maio para 4,8% em junho é  a menor registrada pela série histórica da Pesquisa de Emprego e  Desemprego (PED-RMBH), iniciada em 1996. Belo Horizonte também completa  um ano com a menor taxa do país, segundo dados da Fundação João  Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete),  Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos  (Dieese) e Fundação Seade, responsáveis pela PED.

Setor de construção civil abriu 15 mil vagas em junho na Grande Belo Horizonte (EDUARDO ALMEIDA/RA STÚDIO - 19/1/11) Setor de construção civil abriu 15 mil vagas em junho na Grande Belo Horizonte

No país, a taxa de  desemprego na média das sete grandes regiões pesquisadas ficou  praticamente estável em junho, 10,7%, ante maio(10,6%) e abril (10,8%). A  estabilidade se manteve nos últimos 12 meses. Em junho do ano passado, o  percentual estava em 10,9%. “Até o final do ano, as taxa devem ficar  estáveis, apresentando pequenas oscilações, o que é esperado em ambiente  de baixo desemprego”, diz Plínio Campos, coordenador técnico da PED, na  Fundação João Pinheiro.
O estoque de desempregados no conjunto das  sete regiões agregou 23 mil pessoas a mais em junho na comparação com  maio, somando um contigente de 2,4 milhões de pessoas no país. Na Grande  BH são 117 mil, número bem próximo do chamado pleno emprego. “O  percentual de 4% já é considerado residual, o que inclui aquelas pessoas  que estão trocando de trabalho ou que optam por não entrar no mercado”,  explica Adriano Porto, coordenador do curso de economia do Centro  Universitário Newton Paiva. Segundo o economista, o dinamismo do mercado  interno tem dado fôlego ao emprego durante a crise mundial. Para ele, a  agropecuária mineira também tem estimulado a evolução positiva do  emprego, contribuindo com maior participação da renda que vem do  interior. “O momento é favorável para estabilidade. Até o final do ano, o  panorama só deve mudar se a crise provocar algum grave efeito sobre a  renda da população.”

Na Grande BH, em junho, na comparação com maio,  a construção civil efetuou 15 mil novas contratações e o comércio, 9  mil. Em movimento contrário, a indústria e o setor de serviços juntos  cortaram 11 mil vagas, sendo 6 mil ocupações na indústria e 5 mil postos  de trabalho no comércio. Em 12 meses, o nível de ocupação aumentou  2,6%, com acréscimos de postos de trabalho registrados nos setores de  serviços (32 mil), indústria (12 mil), comércio (11 mil) e construção  civil (3 mil). Apesar da tormenta dos mercados internacionais, Plínio  Campos avalia que na Grande BH, as exportações de commodities, as  medidas macroeconômicas de estímulo ao consumo e o impulso da construção  civil foram responsáveis pelos resultados positivos.

RENDA No  conjunto das regiões pesquisadas, ficaram praticamente estáveis os  salários médios reais dos trabalhadores ocupados (-0,4%) e dos  assalariados (-0,1%), passando para R$ 1.478 e R$ 1.528,  respectivamente. Na Grande BH, o salário recuou 2,1% em junho na  comparação com maio, para R$ 1.378.

 

Fonte: Estado de Minas

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