Pedreiro acha R$ 30 mil e devolve tudo para o dono

Um ato de honestidade surpreendeu os moradores e a Polícia Militar (PM) de Paracatu, no Noroeste de Minas. Anteontem, um pedreiro de 44 anos devolveu para a corporação uma mochila com aproximadamente R$ 30 mil. Segundo a PM, na manhã do mesmo dia, uma distribuidora de bebidas da cidade havia sido invadida por três homens, que renderam uma funcionária e tentaram atirar na cabeça dela, mas o tiro não saiu. A empresa fica na rua onde o pedreiro Luzimar Freire Andrade trabalha.

A polícia informou que o trio entrou na distribuidora por volta das 9h. Depois de receberem uma denúncia de testemunhas, os militares foram ao local. Ao perceberem a presença da PM, os bandidos fugiram, pulando um muro com cerca de 5 m. O motorista do carro que seria usado na fuga e o quarto homem envolvido no roubo, Vilmar Mariano Serafim, 34, foram detidos. Os militares também conseguiram prender Marcos Araújo da Silva, 32, depois que ele pulou o muro. Porém, os outros dois suspeitos de invadir a distribuidora escaparam e são procurados pela polícia.

Depois que os militares deixaram a empresa, Andrade, que ficou sabendo do crime através de uma cunhada que trabalha na distribuidora, resolveu, por curiosidade, ir até o local.

"A polícia já havia ido embora há algumas horas, e eu fui lá ver. Quando cheguei perto do muro por onde os bandidos fugiram, vi uma mochila. Ao abri-la, fiquei muito surpreso, nunca havia visto tanto dinheiro. Na hora, eu pensei que o dono precisaria do dinheiro para pagar a alguém, nem contei quanto havia na bolsa. Liguei para a polícia e aguardei no local. Eles me buscaram e devolvi tudo, não tirei nem R$ 1. O que eu fiz é o correto, aquele dinheiro não era meu", contou o pedreiro.

Andrade informou que, quando chegou à delegacia, o dono da distribuidora foi chamado para reconhecer a quantia. De acordo com ele, o dono dos R$ 30 mil, que preferiu não ser identificado, lhe agradeceu e disse: "Hoje você vai poder dormir tranquilo, porque fez a coisa certa". O pedreiro foi liberado pela polícia e voltou ao trabalho de carona.

Fonte: O TEMPO