Sem sacolas, clientes se viram
02 de Agosto de 2012 às 10:11
por: Pedro Grossi
No primeiro dia da proibição das vendas das sacolas ecológicas, as compostáveis, no comércio de Belo Horizonte, o consumidor teve de se virar para conseguir levar os produtos para casa. Embora fosse grande o número de clientes que levaram sacolas retornáveis, muitas pessoas se irritaram com a falta de alternativas oferecidas pelos estabelecimentos.
"A impressão que dá é que a gente está fazendo alguma coisa de errado. Não vendem e nem distribuem as sacolas. Se a gente não revirar um quartinho do supermercado pra encontrar algumas caixas, não temos como carregar as compras", reclamou a professora Ivone Andrade. Para levar os produtos até o carro, estacionado do outro lado da rua de um supermercado no bairro Gutierrez, a professora usou os sacos plásticos que ainda são oferecidos no setor de sacolão.
Um gerente de supermercado, também do bairro Gutierrez, e que pediu para não ser identificado, criticou a decisão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de proibir a venda das sacolas compostáveis. "Foi precipitado. E é o consumidor quem paga a conta", avaliou.
Em um estabelecimento do bairro Barroca, a aposentada Maria Helena Santos disse que sabia da determinação do MP de proibir a venda das sacolas, mas imaginou que receberia elas de graça. "Era como deveria ser, né? A legislação está aí para ser cumprida. Por que é que eu que tenho de pagar por isso tudo? Não vou pagar R$ 4 por uma sacola retornável", disse, carregando as compras em uma caixa de papelão usada.
A Associação Mineira de Supermercados (Amis) diz que cabe ao estabelecimento decidir a alternativa que dará ao cliente.
"A impressão que dá é que a gente está fazendo alguma coisa de errado. Não vendem e nem distribuem as sacolas. Se a gente não revirar um quartinho do supermercado pra encontrar algumas caixas, não temos como carregar as compras", reclamou a professora Ivone Andrade. Para levar os produtos até o carro, estacionado do outro lado da rua de um supermercado no bairro Gutierrez, a professora usou os sacos plásticos que ainda são oferecidos no setor de sacolão.
Um gerente de supermercado, também do bairro Gutierrez, e que pediu para não ser identificado, criticou a decisão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de proibir a venda das sacolas compostáveis. "Foi precipitado. E é o consumidor quem paga a conta", avaliou.
Em um estabelecimento do bairro Barroca, a aposentada Maria Helena Santos disse que sabia da determinação do MP de proibir a venda das sacolas, mas imaginou que receberia elas de graça. "Era como deveria ser, né? A legislação está aí para ser cumprida. Por que é que eu que tenho de pagar por isso tudo? Não vou pagar R$ 4 por uma sacola retornável", disse, carregando as compras em uma caixa de papelão usada.
A Associação Mineira de Supermercados (Amis) diz que cabe ao estabelecimento decidir a alternativa que dará ao cliente.
Segundo a Amis, apenas 3% usam descartáveis
Segundo dados da Associação Mineira de Supermercados (Amis), apenas 3% dos consumidores ainda não criaram o hábito de carregar suas próprias sacolas retornáveis. Na prática, no entanto, o sentimento é outro. Sem identificação profissional, a reportagem de O TEMPO visitou dez estabelecimentos comerciais de todos os portes ao longo dessa quarta-feira. No Verdemar da avenida Nossa Senhora do Carmo, funcionárias contaram que muitos clientes saíram insatisfeitos com a impossibilidade de comprar as sacolas ecológicas. "Hoje, ainda temos caixa de papelão para oferecer. Sábado nem quero ver como vai ser".
No supermercado Topázio, do bairro Santa Tereza, nem a sacola retornável estava à venda. "Nosso estoque acabou mais rápido do que a gente imaginava", contou a gerente Marlene Resende. Embora não tivesse sacolas, o supermercado ofereceu gratuitamente sacos de papel. "É uma solução emergencial, espero. Não saio de casa só pra fazer compras e não posso andar com a sacola retornável o dia inteiro debaixo do braço", ponderou a funcionária pública Alzira Fortuna.
Prioridade. No sacolão Frutti, no bairro Santa Tereza, as sacolas ecológicas estão sendo distribuídas gratuitamente. "Priorizo esses estabelecimentos, mas eles não estão fazendo nenhum favor. O custo dessas sacolas já está embutido no preço dos produtos", diz o economista Eduardo Furtado.
No supermercado Topázio, do bairro Santa Tereza, nem a sacola retornável estava à venda. "Nosso estoque acabou mais rápido do que a gente imaginava", contou a gerente Marlene Resende. Embora não tivesse sacolas, o supermercado ofereceu gratuitamente sacos de papel. "É uma solução emergencial, espero. Não saio de casa só pra fazer compras e não posso andar com a sacola retornável o dia inteiro debaixo do braço", ponderou a funcionária pública Alzira Fortuna.
Prioridade. No sacolão Frutti, no bairro Santa Tereza, as sacolas ecológicas estão sendo distribuídas gratuitamente. "Priorizo esses estabelecimentos, mas eles não estão fazendo nenhum favor. O custo dessas sacolas já está embutido no preço dos produtos", diz o economista Eduardo Furtado.
Setor quer revogar proibição
Até o próximo dia 8, a Associação Mineira de Supermercados (AMIS) deve protocolar no Ministério Público de Minas Gerais seu posicionamento oficial sobre a determinação imposta pelo órgão.
Segundo o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues, a entidade ainda deve se reunir com os lojistas para definir a situação. "No momento, estamos tratando da questão emergencial de reduzir os transtornos para os consumidores", diz.
Rodrigues adianta que a entidade não vai interferir na decisão dos supermercados em oferecer ou não gratuitamente as sacolas ecológicas. No entanto, a entidade ainda não encontrou uma solução para cumprir a decisão do MP sem desagradar ao consumidor. (PG)
Segundo o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues, a entidade ainda deve se reunir com os lojistas para definir a situação. "No momento, estamos tratando da questão emergencial de reduzir os transtornos para os consumidores", diz.
Rodrigues adianta que a entidade não vai interferir na decisão dos supermercados em oferecer ou não gratuitamente as sacolas ecológicas. No entanto, a entidade ainda não encontrou uma solução para cumprir a decisão do MP sem desagradar ao consumidor. (PG)
Fonte: O TEMPO