Ministério da Saúde começa a distribuir camisinhas femininas no Brasil

06 de Junho de 2012

O Ministério da Saúde começa nesta semana a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro lote de preservativos femininos para 2012. Até o final desta semana, serão enviados aos estados e ao Distrito Federal 2,2 milhões de unidades, de um total de 20 milhões previstos para o ano.

A distribuição do item prioriza populações definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade, com foco em profissionais do sexo, mulheres vivendo e convivendo com doenças sexualmente transmissíveis, usuárias de drogas e seus parceiros e mulheres atendidas pelo sistema prisional. O preservativo também está disponível nos serviços de atenção à saúde para mulheres com dificuldade de negociar o uso do preservativo masculino com o parceiro.

“A camisinha feminina permite que a mulher decida sobre o uso do preservativo, de modo que essa escolha não seja apenas do homem. É uma estratégia que faz parte da política brasileira de ampliar as opções de proteção às doenças sexualmente transmissíveis”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

A região Nordeste vai receber ao todo 677.500 camisinhas. No Sudeste serão 507.500 unidades distribuídas. Minas ficará com 45 mil desse total.

O preservativo feminino chegou ao mercado brasileiro em 1997, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do produto no país. Desde então, o Ministério da Saúde já adquiriu e distribuiu cerca de 16 milhões de preservativos para as 27 unidades da federação. A nova compra representa 25% a mais em relação ao total já adquirido pelo Ministério da Saúde.

Preservativo masculino - O Brasil distribuiu, no ano passado, 493 milhões de camisinhas masculinas. A distribuição foi 45% maior que em 2010, quando 333 milhões de unidades foram enviadas às secretarias estaduais de saúde e aos 499 municípios da Programação Anual de Metas (PAM). Nesses locais, estão concentrados 90% dos casos de aids registrados no país.

Pesquisas indicam que é fundamental que grupos vulneráveis tenham conhecimento dos locais de distribuição da camisinha. Segundo a pesquisa, este conhecimento é fator essencial para o seu uso: mulheres que não sabem onde obtê-la apresentam chance 81% menor de fazerem sexo protegido.

COM AGÊNCIA SAÚDE

Avenida Amazonas, 491, sala 912, CEP: 30180-001, Belo Horizonte/MG - Telefone: (31) 3110-9224 | (31) 98334-8756