Lacerda elogia e também critica a presidente Dilma
Enquanto o candidato Patrus Ananias (PT) anunciava o desejo de, se eleito, assumir a administração do Anel Rodoviário, uma via federal, o principal adversário dele na disputa, o prefeito Marcio Lacerda (PSB), elogiava nessa terça-feira a decisão da presidente Dilma Rousseff, também do PT, de ter repassado ao governo do estado o projeto para reforma da rodovia. Em campanha nessa terça-feira na Galeria Ouvidor, Região Central, ele não deixou de criticar o governo federal por ainda não ter liberado a verba prometida para as obras do metrô.
Em junho, a presidente assinou acordo transferindo ao governo estadual a responsabilidade sobre as obras do Anel que, no entanto, serão pagas com recursos federais. Porém, segundo o prefeito, essa verba também não chegou. “Até onde eu sei, até outro dia, os recursos não haviam sido repassados”, disse. O governador Antonio Anastasia disse nessa terça-feira que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) devolveu o termo final do edital para as obras, com sugestão de mudanças, e que ele deve ser lançado até o início da semana que vem.
Lacerda respondeu as declarações do seu vice-prefeito, Roberto Carvalho (PT), um dos coordenadores da campanha de Patrus, que afirmou ter sido o responsável pelas negociações para as obras no Anel. “Não há porque criticar a prefeitura, o estado ou o governo federal. O assunto atrasou em função da crise econômica ou do Ministério dos Transportes”, declarou.
O prefeito reafirmou que a fase inicial do projeto de expansão do sistema de trens urbanos da capital começará este mês. A previsão é de construir duas linhas: uma ligando a Estação Lagoinha, na Região Central, à Savassi, e outra partindo deste bairro em direção ao Belvedere, na Região Sul. A maior parte dos recursos sairá do governo federal por meio de parceria público-privada (PPP), mas Lacerda observou que o levantamento topográfico e as sondagens serão feitas com recursos da PBH.
Queixa Assim que chegou à Galeria Ouvidor, o prefeito foi parado por Cristina Novaes, de 40 anos, que se identificou como dona de uma lanchonete na Avenida Santos Dumont, onde estão sendo feitas obras do BRT, os veículos articulados que farão a ligação da região com a Zona Norte. Ela reclamou da indenização paga aos pequenos empresários por prejuízos financeiros. “Querem me pagar R$ 15 mil. Esse valor é o que eu perco por mês por causa do BRT”, queixou-se ela. O prefeito respondeu que uma comissão de procuradores está examinando esse tipo de pedido.
Fonte: Estado de Minas