Patrus quer trocar comando no Anel Rodoviário
Depois de ressaltar ser “inaceitável” que morram 55 pessoas em três mil acidentes por ano no Anel Rodoviário, o candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias, afirmou que pretende, se eleito, assumir a gestão da via, por considerá-la praticamente uma avenida da capital. “Vamos buscar ações integradas com os governos estadual e federal, buscar os recursos para as obras necessárias, as transposições e a remoção, em condições humanas respeitosas, das 3 mil famílias que estão na área do Anel”, afirmou, em ato de campanha, no Anel Rodoviário, na altura da passarela do Bairro Betânia.
Em contraponto à ideia de um “prefeito gerente”, Patrus insistiu na dimensão política do cargo. “O fundamental é que a Prefeitura de Belo Horizonte assuma a liderança desse processo”, disse ele, numa crítica à administração Marcio Lacerda (PSB). Questionado sobre o que fará diferente do atual prefeito, o petista considerou: “O meu compromisso mais radical será com a vida humana. Temos esse compromisso de fazer de BH a capital das oportunidades, a capital da paz, da vida. Cada vida humana é sagrada para nós. Vamos mobilizar todos os recursos para preservar e promover a vida em BH”.
O vice-prefeito da capital, Roberto Carvalho (PT), um dos coordenadores da campanha de Patrus e desafeto de Lacerda, foi mais direto. “Patrus vai fazer diferente porque o prefeito não lutou pelo Anel. Quem lutou fui eu, que tive reuniões permanentes em Brasília no Ministério dos Transportes, no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e com a presidente Dilma para buscar soluções para o problema”, garantiu.
Acompanhado do candidato a vice-prefeito, Aloisio Vasconcelos (PMDB), do deputado federal Leonardo Quintão (PMDB), do vereador Adriano Ventura (PT) e de militantes, Patrus recebeu apoio ontem do Movimento pela Vida, formado por cerca de três mil moradores do entorno do Anel Rodoviário que, segundo a previsão das obras de alargamento, serão removidos. Eles reivindicaram uma “indenização justa”, de R$ 40 mil por família, ou um apartamento nesse valor, próximo ao local onde vivem. Atualmente, esses moradores são assistidos pela Defensoria Pública Federal, que pleiteia melhores condições para as desapropriações. “O povo do Anel apoia Patrus e confia em Patrus”, afirmou Núbia Ribeiro, uma das líderes do movimento.
Mobilidade Com o lançamento do programa de governo previsto para os próximos dias, Patrus adiantou ontem que uma linha estratégica prioritária será enfrentar o problema do trânsito na capital. “Temos de enfrentar o problema da mobilidade urbana e do transporte coletivo, no sentido de facilitar a circulação dos veículos com mais segurança, mas também facilitar a circulação dos pedestres”, disse. O candidato pregou o que chamou de uma “cidade humana”, que favoreça o convívio das pessoas. “Nesse sentido, queremos um trânsito que considere a circulação as pessoas, a valorização dos espaços públicos”, explicou.
Fonte: Estado de Minas