Délio acusa PT de forjar provas contra Lacerda
O candidato a vice-prefeito da coligação BH Segue em Frente, deputado estadual Délio Malheiros (PV), acusou nessa quarta-feira o PT de ter usado gravações ilegais para embasar a denúncia feita pelo partido na Justiça Eleitoral contra a chapa encabeçada pelo prefeito Marcio Lacerda. “Eu, como advogado e cidadão, fiquei indignado de ver o método que estão usando nesta campanha de criar factóides”, afirmou Délio em coletiva de imprensa ontem. O PT entrou, no domingo, com pedido de cassação do registro da candidatura de Marcio Lacerda por abuso de poder político e econômico no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), alegando que funcionários do Executivo municipal estariam sendo pressionados a apoiar a candidatura do prefeito e fazer campanha para Lacerda sob pena de serem demitidos. Eles também protocolaram uma representação no Ministério Público estadual por improbidade administrativa.
Segundo Délio Malheiros, o servidor que gravou a conversa com dois funcionários da prefeitura – a transcrição foi usada na denúncia feita pelos petistas – é militante do PT. “As gravações não foram autorizadas e, além disso, foram editadas e retiradas do contexto em que aconteceram”, acusou o candidato acrescentando que os funcionários, citados como réus, foram induzidos na conversa. “A nossa campanha não tem nenhum ataque nesse nível. Não vamos aceitar que tenham essas ilegalidades”, observou. O deputado disse que inicialmente a coligação vai responder à acusação e que os advogados estão analisando o que farão com as irregularidades, sugerindo a possibilidade de uma futura ação contra os petistas.
A assessoria de imprensa da coligação BH Segue em Frente informou nessa qurta-feira que foram exonerados de cargos de confiança da prefeitura 86 servidores, dos quais 48 deixaram a prefeitura “como resultado da reorganização administrativa necessária após o pedido de exoneração de oito secretários municipais”, contrariando a afirmação do coordenador da campanha de Patrus, vice-prefeito Roberto Carvalho, de que teriam sido demitidos 241 funcionários.
Fonte: Estado de Minas