A melhor e a pior da capital
17 de Agosto de 2012 às 11:58
por: Daniel Leite
O ensino do Colégio Militar de Belo Horizonte, localizado na Pampulha, na capital, destacou-se no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) como o melhor de Belo Horizonte não em função apenas do que os estudantes aprendem nas salas de aulas, mas também pelo convívio dos alunos com os professores. Essa avaliação, feita por alunos e administração da instituição, evidencia que a nota final no índice que mede o desempenho da educação básica nacional a cada dois anos depende de um trabalho de longo prazo.
"O professor explica a matéria até estar certo que o aluno entendeu", afirma Isabela Ribeiro, 15, aluna do segundo ano do ensino médio. Filha de militar e aluna da escola há três anos, ela acredita que o fundamental na instituição é a preocupação dos educadores com o futuro dos alunos, independentemente de provas e concursos. "A gente passar no vestibular não é o único objetivo dos professores. Eles almejam um futuro promissor para todos nós", ressalta a estudante, que confia na aprovação para o curso de psicologia.
Aluna do nono ano do ensino fundamental, Maria Fernanda Brito Pimenta vê nos projetos esportivo e social um motivo a mais para estudar. "Os projetos sobre sustentabilidade incentivam a nossa dedicação aos estudos", exemplificou a estudante, que sonha em ser diplomata.
Para a capitã Pollyanna Lara Milanezi, uma das coordenadoras da escola, a formação dos professores é essencial. Ela afirma que a maioria dos 80 docentes tem mestrado e parte faz doutorado. A militar acrescentou que a estrutura e a organização do Exército, ao qual o colégio pertence, melhoram o nível do trabalho.
"Temos o cuidado de preparar nosso aluno desde pequeno, inclusive emocionalmente", disse Pollyanna.
"O professor explica a matéria até estar certo que o aluno entendeu", afirma Isabela Ribeiro, 15, aluna do segundo ano do ensino médio. Filha de militar e aluna da escola há três anos, ela acredita que o fundamental na instituição é a preocupação dos educadores com o futuro dos alunos, independentemente de provas e concursos. "A gente passar no vestibular não é o único objetivo dos professores. Eles almejam um futuro promissor para todos nós", ressalta a estudante, que confia na aprovação para o curso de psicologia.
Aluna do nono ano do ensino fundamental, Maria Fernanda Brito Pimenta vê nos projetos esportivo e social um motivo a mais para estudar. "Os projetos sobre sustentabilidade incentivam a nossa dedicação aos estudos", exemplificou a estudante, que sonha em ser diplomata.
Para a capitã Pollyanna Lara Milanezi, uma das coordenadoras da escola, a formação dos professores é essencial. Ela afirma que a maioria dos 80 docentes tem mestrado e parte faz doutorado. A militar acrescentou que a estrutura e a organização do Exército, ao qual o colégio pertence, melhoram o nível do trabalho.
"Temos o cuidado de preparar nosso aluno desde pequeno, inclusive emocionalmente", disse Pollyanna.
Diretoria e alunos criticam falta de estrutura e citam problema das drogas
"Fiquei com vergonha de sair de casa quando fiquei sabendo que a minha escola foi a pior". O relato, de Breno Henrique da Silva Gomes, 14, aluno do nono ano da Escola Estadual Maria do Socorro Andrade, localizado no bairro Nova Cintra, na região Oeste de Belo Horizonte, resume o que o resultado do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) provocou entre os estudantes. O colégio foi o pior de Belo Horizonte e um dos piores do país nos anos finais do ensino fundamental.
Alunos e professores têm visões distintas sobre os motivos que fizeram a escola se sair tão mal na Prova Brasil e nas taxas de aprovação, reprovação e abandono, que são os critérios utilizados para a nota final do Ideb. Breno Gomes acredita que muitos alunos não se dedicaram à Prova Brasil, o que teria então rebaixado a nota da instituição de ensino.
Já para Caiã Carvalho, 22, que está no primeiro ano do ensino médio, o problema pode ter raízes mais profundas. "A gente só tem essa escola no bairro. Muitos jovens têm a vida na escola, mas na rua também. Uma vida paralela. Eles não têm acompanhamento educacional nem apoio da família, então ficam entregues a eles mesmos", avaliou.
A diretora da instituição, Iara de Sena Leocádio, confirma que a vulnerabilidade dos estudantes e as condições de vida do bairro influenciam de forma negativa o trabalho na escola.
"Temos situações relacionadas a drogas dentro da escola no turno noturno e alunos que não respeitam os profissionais da instituição. Isso pesa. A disciplina é tudo dentro da sala de aula", explicou.
É unânime, no entanto, a opinião de que falta investimento na instituição, principalmente na segurança. O colégio está em reforma, mas já apresenta diversos problemas estruturais. Além dos muros pichados, a quadra, reformada neste ano, já foi invadida por vândalos e depredada. (DL)
Alunos e professores têm visões distintas sobre os motivos que fizeram a escola se sair tão mal na Prova Brasil e nas taxas de aprovação, reprovação e abandono, que são os critérios utilizados para a nota final do Ideb. Breno Gomes acredita que muitos alunos não se dedicaram à Prova Brasil, o que teria então rebaixado a nota da instituição de ensino.
Já para Caiã Carvalho, 22, que está no primeiro ano do ensino médio, o problema pode ter raízes mais profundas. "A gente só tem essa escola no bairro. Muitos jovens têm a vida na escola, mas na rua também. Uma vida paralela. Eles não têm acompanhamento educacional nem apoio da família, então ficam entregues a eles mesmos", avaliou.
A diretora da instituição, Iara de Sena Leocádio, confirma que a vulnerabilidade dos estudantes e as condições de vida do bairro influenciam de forma negativa o trabalho na escola.
"Temos situações relacionadas a drogas dentro da escola no turno noturno e alunos que não respeitam os profissionais da instituição. Isso pesa. A disciplina é tudo dentro da sala de aula", explicou.
É unânime, no entanto, a opinião de que falta investimento na instituição, principalmente na segurança. O colégio está em reforma, mas já apresenta diversos problemas estruturais. Além dos muros pichados, a quadra, reformada neste ano, já foi invadida por vândalos e depredada. (DL)
Fonte: O TEMPO