Reclamações contra bancos crescem 9,38%
23 de Agosto de 2012 às 09:39
por: Juliana Gontijo
FOTO: LEO FONTES - 9.8.2012
Campeão. O Santander é um dos bancos suspensos em Minas Gerais e está entre os mais reclamados em ranking do Banco Central
As reclamações contra os bancos em julho deste ano cresceram 9,38% frente ao sétimo mês de 2011 no país, conforme dados do Banco Central (BC). Foram 1.445 queixas contabilizadas no mês passado. Na liderança do ranking da instituição, estão os débitos não autorizados, com 291 reclamações. Neste quesito, o campeão foi o Santander, com 83 queixas, seguido pelo Itaú (67) e o Bradesco (48).
Só que esse não é o único problema enfrentado pelos clientes dessas instituições financeiras. A lista do Banco Central possui 49 irregularidades praticadas pelos bancos. A situação chegou ao ponto de dez bancos e financeiras terem a concessão de crédito e financiamento para novos clientes suspensas temporariamente em Minas Gerais pelo prazo de cinco dias úteis a partir do recebimento das notificações.
A medida foi tomada na última terça-feira, de forma cautelar, pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais através do Procon-MG. A decisão, fruto de reclamações feitas pelos consumidores em diversos Procons de Minas Gerais, se deve, em especial, à prática de dez instituições financeiras que atuam no Estado de criar obstáculos para o fornecimento de informações cadastrais e financeiras necessárias para que fosse realizada a portabilidade de crédito. Outro problema detectado se refere à quitação antecipada de débitos pelo consumidor sem a devida redução proporcional de juros e encargos.
A gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maria Elisa Novais, considerou a medida louvável. "Isso mostra que o problema está acontecendo e não o deixa apenas no âmbito da reclamação individual. É uma pressão por mudança no comportamento dos bancos", analisa.
A advogada do Procon Municipal, Daniela de Abreu Arruda, ressalta que os assuntos financeiros são os mais reclamados no órgão de defesa do consumidor. "Os problemas estão relacionados aos cálculos de prestação, questionamento dos juros cobrados, dificuldade para realizar a portabilidade e a ausência do desconto devido quando o consumidor antecipa o pagamento da dívida", diz.
Segundo informações do Procon-MG, em 2011, a BV Financeira, que foi uma das instituições proibidas de fornecer crédito e financiamento para novos clientes, já provocava descontentamento entre os clientes, já que ocupou o quarto lugar no ranking das empresas mais reclamadas no órgão.
Neste ano, no levantamento do Procon da Assembleia, a financeira ocupou o quarto lugar entre as financeiras que mais receberam queixas e está na 10ª posição no ranking geral até 22 de agosto de 2012.
Só que esse não é o único problema enfrentado pelos clientes dessas instituições financeiras. A lista do Banco Central possui 49 irregularidades praticadas pelos bancos. A situação chegou ao ponto de dez bancos e financeiras terem a concessão de crédito e financiamento para novos clientes suspensas temporariamente em Minas Gerais pelo prazo de cinco dias úteis a partir do recebimento das notificações.
A medida foi tomada na última terça-feira, de forma cautelar, pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais através do Procon-MG. A decisão, fruto de reclamações feitas pelos consumidores em diversos Procons de Minas Gerais, se deve, em especial, à prática de dez instituições financeiras que atuam no Estado de criar obstáculos para o fornecimento de informações cadastrais e financeiras necessárias para que fosse realizada a portabilidade de crédito. Outro problema detectado se refere à quitação antecipada de débitos pelo consumidor sem a devida redução proporcional de juros e encargos.
A gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maria Elisa Novais, considerou a medida louvável. "Isso mostra que o problema está acontecendo e não o deixa apenas no âmbito da reclamação individual. É uma pressão por mudança no comportamento dos bancos", analisa.
A advogada do Procon Municipal, Daniela de Abreu Arruda, ressalta que os assuntos financeiros são os mais reclamados no órgão de defesa do consumidor. "Os problemas estão relacionados aos cálculos de prestação, questionamento dos juros cobrados, dificuldade para realizar a portabilidade e a ausência do desconto devido quando o consumidor antecipa o pagamento da dívida", diz.
Segundo informações do Procon-MG, em 2011, a BV Financeira, que foi uma das instituições proibidas de fornecer crédito e financiamento para novos clientes, já provocava descontentamento entre os clientes, já que ocupou o quarto lugar no ranking das empresas mais reclamadas no órgão.
Neste ano, no levantamento do Procon da Assembleia, a financeira ocupou o quarto lugar entre as financeiras que mais receberam queixas e está na 10ª posição no ranking geral até 22 de agosto de 2012.
Seminovos vão sentir mais
Apesar da determinação da suspensão da concessão de crédito e financiamento de bancos e também da BV Financeira pelo Ministério Público, a concessão de crédito em diversas concessionárias de Belo Horizonte permaneceu inalterada ontem.
A supervisora de financiamento e seguro da Jorlan, Eliane Santos, disse que ficou surpresa com a notícia divulgada ontem. Entretanto, ainda não houve mudanças. "No nosso caso, se isso acontecer, o impacto maior vai ser para o segmento de seminovos e usados, no qual a BV responde por cerca de 30% dos financiamentos", diz. O gerente de novos da Tecar, Shelber Morato, confirmou a normalidade na concessão de financiamento.
Na Orca, o gerente da área de financiamento, Helbert Abrão, também disse que, se medida realmente se confirmar, o impacto será para quem trabalha com seminovos. "Para os novos, no mês passado, 90% dos financiamentos foram feitos pelo banco da montadora", diz.
Além da BV, os bancos BMG, Bonsucesso, Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital, Intermedium, Mercantil do Brasil, Rural e Santander (Brasil) estão proibidos de financiar novos clientes em Minas. (JG)
A supervisora de financiamento e seguro da Jorlan, Eliane Santos, disse que ficou surpresa com a notícia divulgada ontem. Entretanto, ainda não houve mudanças. "No nosso caso, se isso acontecer, o impacto maior vai ser para o segmento de seminovos e usados, no qual a BV responde por cerca de 30% dos financiamentos", diz. O gerente de novos da Tecar, Shelber Morato, confirmou a normalidade na concessão de financiamento.
Na Orca, o gerente da área de financiamento, Helbert Abrão, também disse que, se medida realmente se confirmar, o impacto será para quem trabalha com seminovos. "Para os novos, no mês passado, 90% dos financiamentos foram feitos pelo banco da montadora", diz.
Além da BV, os bancos BMG, Bonsucesso, Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital, Intermedium, Mercantil do Brasil, Rural e Santander (Brasil) estão proibidos de financiar novos clientes em Minas. (JG)
Fonte: O TEMPO