Supermercados podem ser proibidos de abrir domingo
24 de Agosto de 2012 às 10:14
por: Ana Paula Pedrosa
FOTO: SAMUEL AGUIAR/ O TEMPO / 27.04.2012
Tamanho. Projeto prevê o fechamento de estabelecimentos que possuem mais de dois caixas
Os supermercados de Belo Horizonte podem ser proibidos de funcionar aos domingos caso o Projeto de Lei nº 2349, do vereador Leo Burguês, seja aprovado pela Câmara Municipal. A ideia é que apenas pequenos comércios alimentícios, como sacolões e açougues com até dois caixas, tenham autorização para funcionar. O projeto não afeta o comércio em geral.
O autor do projeto explica que se baseou em um abaixo-assinado com mais de 20 mil nomes de funcionários e seus familiares que pediam o fechamento dos supermercados aos domingos. Segundo ele, as principais alegações são a necessidade de passar o dia de folga com a família e questões religiosas. "Os trabalhadores dizem que eles têm folga no meio da semana, quando a família não está reunida", explica Burguês.
O Sindicato dos Comerciários, que também representa os trabalhadores dos supermercados, apoia a ideia. De acordo com o diretor de relações sindicais da entidade, Edilson de Souza, a folga aos domingos é reivindicação antiga da categoria. "Estamos batendo palmas para este projeto. O empregado fica cansado, estressado, trabalhando aos domingos. Nem a folga no meio da semana compensa", diz.
Ele afirma que a categoria pode negociar algumas exceções, como a abertura das lojas nos domingos que antecedem datas comemorativas, por exemplo.
Os supermercados não foram consultados pelo vereador para a elaboração do projeto. Ontem, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou.
Na próxima segunda-feira haverá uma audiência pública na Câmara para discutir o assunto. Foram convidados representantes dos trabalhadores, dos consumidores, dos supermercados e do Ministério Público do Trabalho.
O projeto foi apresentado anteontem na Câmara e deve ir a plenário já em setembro, de acordo com Léo Burguês.
Hábito. O vereador reconhece que o domingo é um dos dias de maior movimento nos supermercados, mas acredita que a população pode mudar este hábito e fazer compras em outros dias da semana.
Ele diz que, aos domingos, parte do faturamento que era dos supermercados pode migrar para os pequenos comércios de alimentos, que poderão funcionar.
O autor do projeto explica que se baseou em um abaixo-assinado com mais de 20 mil nomes de funcionários e seus familiares que pediam o fechamento dos supermercados aos domingos. Segundo ele, as principais alegações são a necessidade de passar o dia de folga com a família e questões religiosas. "Os trabalhadores dizem que eles têm folga no meio da semana, quando a família não está reunida", explica Burguês.
O Sindicato dos Comerciários, que também representa os trabalhadores dos supermercados, apoia a ideia. De acordo com o diretor de relações sindicais da entidade, Edilson de Souza, a folga aos domingos é reivindicação antiga da categoria. "Estamos batendo palmas para este projeto. O empregado fica cansado, estressado, trabalhando aos domingos. Nem a folga no meio da semana compensa", diz.
Ele afirma que a categoria pode negociar algumas exceções, como a abertura das lojas nos domingos que antecedem datas comemorativas, por exemplo.
Os supermercados não foram consultados pelo vereador para a elaboração do projeto. Ontem, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou.
Na próxima segunda-feira haverá uma audiência pública na Câmara para discutir o assunto. Foram convidados representantes dos trabalhadores, dos consumidores, dos supermercados e do Ministério Público do Trabalho.
O projeto foi apresentado anteontem na Câmara e deve ir a plenário já em setembro, de acordo com Léo Burguês.
Hábito. O vereador reconhece que o domingo é um dos dias de maior movimento nos supermercados, mas acredita que a população pode mudar este hábito e fazer compras em outros dias da semana.
Ele diz que, aos domingos, parte do faturamento que era dos supermercados pode migrar para os pequenos comércios de alimentos, que poderão funcionar.
Setor não encontra mão de obra
O fim do expediente aos domingos pode ser um aliado das redes de supermercado na hora de contratar. Essa é a opinião do diretor de relações sindicais do Sindicato dos Comerciários, Edilson de Souza. "Ninguém quer trabalhar em supermercado porque o salário é baixo e o expediente é muito puxado. Se liberar o domingo, a mão de obra volta", afirma o sindicalista.
O vereador Léo Burguês tem opinião semelhante. "Os empresários vão ter funcionários mais satisfeitos", afirma. Segundo ele, o projeto afeta diretamente 40 mil trabalhadores e suas famílias.
Souza diz que o problema se agravou no último ano, com a migração dos trabalhadores para outras atividades.
"As mulheres que trabalhavam no caixa estão preferindo trabalhar em casa de família para ganhar melhor e não ter que trabalhar no domingo", afirma. (APP)
O vereador Léo Burguês tem opinião semelhante. "Os empresários vão ter funcionários mais satisfeitos", afirma. Segundo ele, o projeto afeta diretamente 40 mil trabalhadores e suas famílias.
Souza diz que o problema se agravou no último ano, com a migração dos trabalhadores para outras atividades.
"As mulheres que trabalhavam no caixa estão preferindo trabalhar em casa de família para ganhar melhor e não ter que trabalhar no domingo", afirma. (APP)
Casino assume o controle do Pão de Açúcar
São Paulo. O Casino informou, ontem, ter adquirido um milhão de ações com direito a voto da Wilkes, controladora do Grupo Pão de Açúcar, em sequência ao exercício da primeira opção de venda da família Diniz, conforme previsto em acordo assinado entre ambos em 2005. O Casino agora detém 52,5% do capital votante e 70,4% do capital total da Wilkes, a holding controladora do GPA.
Em 6 de agosto, o empresário Abilio Diniz, filho do fundador do Pão de Açúcar, anunciou sua decisão de exercer a primeira opção de venda de ações da controladora da companhia, equivalente a ações ordinárias da Wilkes que representam 2,4% do capital social com direito a voto por US$ 10,5 milhões. Com isso, Abilio ficou com 47,6%, concluindo o processo de transferência do controle iniciado em 22 de junho, nos termos do contrato.
O empresário brasileiro também garantiu o direito a uma opção de venda de um segundo bloco de ações ordinárias.
Em 6 de agosto, o empresário Abilio Diniz, filho do fundador do Pão de Açúcar, anunciou sua decisão de exercer a primeira opção de venda de ações da controladora da companhia, equivalente a ações ordinárias da Wilkes que representam 2,4% do capital social com direito a voto por US$ 10,5 milhões. Com isso, Abilio ficou com 47,6%, concluindo o processo de transferência do controle iniciado em 22 de junho, nos termos do contrato.
O empresário brasileiro também garantiu o direito a uma opção de venda de um segundo bloco de ações ordinárias.
Fonte: O TEMPO