Poupança fica mais rentável com redução na Selic
31 de Agosto de 2012
por: Zulmira Furbino
Com nova redução na taxa básica de juros, rendimento da aplicação preferida do brasileiro continua superando o dos fundos de renda fixa
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Sirlene Bambirra garante remuneração pela regra antiga da poupança |
Já os fundos com tempo de aplicação mais longo, entre seis meses e dois anos, ainda são vantajosos com taxas de até 1%. E só os fundos com resgate acima de dois anos valem a pena com custo de administração de 1,5%. Atordoados com as novidades, os investidores reagiram e foram aos bancos para pressionar por taxas de administração menores. Foi o que ocorreu com a funcionária pública Sirlene Bambirra. Suas economias estão guardadas em fundos priority e DI, mas foi preciso que o marido negociasse as taxas de administração com as instituições financeiras. Na poupança, ficaram apenas as economias dos filhos. “Nesse caso, garantimos a remuneração pela regra antiga”, diz. O engenheiro Luiz Antônio de Souza também mantém seu dinheiro em fundos DI, mas pressionou para que as taxas caíssem. “Tudo depende do montante que está aplicado. Numa das aplicações, cheguei a conseguir reduzir as taxas de 2,5% para 1%. Mas a negociação com os bancos nunca é fácil.”
De acordo com o vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, com as mudanças na regra da poupança, as contas antigas podem passar a ter um retorno financeiro maior, seja sobre a nova poupança ou sobre os fundos de investimentos que cobram imposto de renda e taxa de administração. “Essa vantagem será maior quando maior for a queda da taxa básica de juros”, sustenta. Ainda segundo ele, por outro lado, a rentabilidade das novas poupança vai continuar se destacando frente aos fundos de renda fixa. “A poupança ,velha ou nova, não paga Imposto de Renda, nem taxas de administração. Isso deverá provocar reduções nos custos das taxas de administração dos bancos para não perderem clientes.”
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Luiz Antônio: redução de 2,5% para 1% na taxa de administração de fundo |
Consumidor
Enquanto a Selic caiu 36% em um ano, até julho, a taxa média cobrada do consumidor reduziu apenas 14,22% no mesmo período, calcula a Anefac. Entre julho de 2011 e o mesmo mês deste ano, a Selic recuou 4,5 pontos percentuais, de 12,5% para 8% ao ano. Nesse intervalo, a taxa de juros média para pessoa física caiu 17,24 pontos, de 121,21% para 103,97% anuais.
Fonte: Estado de Minas