Classe média sofre mais com defasagem na tabela do IR
04 de Setembro de 2012
SÃO PAULO. O contribuinte teria uma redução de até 44% no valor do Imposto de Renda (IR) devido caso a tabela da Receita Federal tivesse sido corrigida ano a ano pela inflação oficial, aponta estudo exclusivo da consultoria Ernst & Young Terco.
De 1998, quando a alíquota máxima passou a ser 27,5%, até 2011, a tabela acumulou uma defasagem de 34,17% em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), resultando em um aumento da carga tributária para o contribuinte.
Isso porque a tabela ficou congelada de 1998 a 2001 e não sofreu correção em 2003 e 2004. (De 1996 a 1998 também não houve atualização, mas o estudo não compreende este período). No ano passado, o IPCA acumulou alta de 6,5%, mas a correção do IR foi de apenas 4,5%.
Esse índice de reajuste, que é o centro da meta de inflação do governo, será aplicado até 2014, segundo lei já sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Em 2012, contudo, a inflação prevista pelo mercado financeiro já gira em torno de 5 % - o que mostra que a defasagem tende a crescer.
Atualmente, uma pessoa que tenha um rendimento (salário menos as deduções permitidas) de R$ 4.465, por exemplo, será tributada pela alíquota máxima de 27,5% e terá um imposto devido mensal de R$ 471,35. Caso a tabela tivesse sido atualizada pela inflação, o contribuinte mudaria de faixa e seria tributado a 22,5%, pagando R$ 263,81. Ou seja, uma diferença de 44% no valor.
"Prejudica, principalmente, a classe média, que perde poder de consumo", afirma Carlos Martins, sócio da área de Human Capital da Ernst & Young Terco. Segundo ele, os contribuintes com rendimento entre R$ 1.700 e cerca de R$ 4.000 são, percentualmente, os mais afetados pela falta de correção.
O impacto da correção total da tabela só será pequeno para quem ganha acima de R$ 40 mil mensais. Neste caso, a redução no valor a pagar de imposto seria inferior a 1%. "A defasagem indica que as faixas não cumprem mais o seu propósito. O princípio da progressividade continua, mas o propósito daqueles valores se perde", diz a especialista em Imposto de Renda da Thomson Reuters Fiscosoft Juliana Ono. Ela acredita que, se a tabela não é constantemente adequada à desvalorização do dinheiro, a tributação não fica equivalente.
De 1998, quando a alíquota máxima passou a ser 27,5%, até 2011, a tabela acumulou uma defasagem de 34,17% em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), resultando em um aumento da carga tributária para o contribuinte.
Isso porque a tabela ficou congelada de 1998 a 2001 e não sofreu correção em 2003 e 2004. (De 1996 a 1998 também não houve atualização, mas o estudo não compreende este período). No ano passado, o IPCA acumulou alta de 6,5%, mas a correção do IR foi de apenas 4,5%.
Esse índice de reajuste, que é o centro da meta de inflação do governo, será aplicado até 2014, segundo lei já sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Em 2012, contudo, a inflação prevista pelo mercado financeiro já gira em torno de 5 % - o que mostra que a defasagem tende a crescer.
Atualmente, uma pessoa que tenha um rendimento (salário menos as deduções permitidas) de R$ 4.465, por exemplo, será tributada pela alíquota máxima de 27,5% e terá um imposto devido mensal de R$ 471,35. Caso a tabela tivesse sido atualizada pela inflação, o contribuinte mudaria de faixa e seria tributado a 22,5%, pagando R$ 263,81. Ou seja, uma diferença de 44% no valor.
"Prejudica, principalmente, a classe média, que perde poder de consumo", afirma Carlos Martins, sócio da área de Human Capital da Ernst & Young Terco. Segundo ele, os contribuintes com rendimento entre R$ 1.700 e cerca de R$ 4.000 são, percentualmente, os mais afetados pela falta de correção.
O impacto da correção total da tabela só será pequeno para quem ganha acima de R$ 40 mil mensais. Neste caso, a redução no valor a pagar de imposto seria inferior a 1%. "A defasagem indica que as faixas não cumprem mais o seu propósito. O princípio da progressividade continua, mas o propósito daqueles valores se perde", diz a especialista em Imposto de Renda da Thomson Reuters Fiscosoft Juliana Ono. Ela acredita que, se a tabela não é constantemente adequada à desvalorização do dinheiro, a tributação não fica equivalente.
Aposentado começa a receber o 13º salário
São Paulo. Começaram a ser depositadas ontem nas contas dos aposentados e pensionistas beneficiados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) as parcelas referentes ao adiantamento do 13º salário, a quem recebe mais de um salário mínimo. O repasse será feito juntamente com o pagamento do benefício referente ao mês de agosto. O calendário de pagamentos segue até o dia 10 de setembro.
Não haverá desconto de Imposto de Renda. O Fisco fará os descontos em dezembro, quando sai o pagamento da segunda parcela. Quem tem dúvidas quanto às datas de pagamento pode entrar em contato com a Central 135 ou pelo site da Previdência (www.previdencia.gov.br).
De acordo com a Previdência Social, 25 milhões de pessoas devem ser beneficiadas, representando mais de R$ 11 bilhões injetados na economia nacional. Quem ganha até um salário mínimo começou a receber o adiantamento na semana passada.
Não haverá desconto de Imposto de Renda. O Fisco fará os descontos em dezembro, quando sai o pagamento da segunda parcela. Quem tem dúvidas quanto às datas de pagamento pode entrar em contato com a Central 135 ou pelo site da Previdência (www.previdencia.gov.br).
De acordo com a Previdência Social, 25 milhões de pessoas devem ser beneficiadas, representando mais de R$ 11 bilhões injetados na economia nacional. Quem ganha até um salário mínimo começou a receber o adiantamento na semana passada.
Fonte: O TEMPO