Depois de 79 dias, greve acaba

06 de Setembro de 2012

Por outro lado, servidores técnicos e administrativos continuam parados

 

 

 
FOTO: RODRIGO CLEMENTE - 5.11.2009
Remanejamento. Reitor da UFMG, Clélio Campolina calcula que aulas podem seguir até fevereiro
Após 79 dias em greve, os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram ontem encerrar o movimento. Algumas faculdades já retomam as aulas hoje. Outras, no entanto, só devem retornar após uma regularização do calendário, que será discutido com a reitoria. Agora, o período letivo deste semestre deverá se estender até o próximo ano.

"As aulas já podem se iniciar imediatamente. Alguns cursos como os da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) já retornaram. E os da Engenharia e Ciências Exatas devem ser os próximos", afirmou o reitor da UFMG, Clélio Campolina.

Agora, a expectativa da universidade é a regularização do calendário. O cronograma terá que ser refeito e as aulas deste semestre poderão seguir até fevereiro em alguns cursos. "Cada curso terá um calendário diferente. Dez por cento deles não terminaram as aulas do semestre passado e, então, poderão ir até janeiro ou fevereiro. Nos demais, a esperança é a de terminar tudo ainda neste ano", explicou o reitor, que discutir as reposições de aulas com os cursos. A instituição salientou que o retorno às aulas pode ocorrer imediatamente, independentemente da readequação no cronograma do segundo semestre.

O movimento grevista alega que a paralisação teve que acabar por conta da falta de negociação com o governo federal. "Eles estavam irredutíveis, então a nossa mobilização acabou perdendo força. Tentaremos, contudo, um diálogo com o Legislativo para tentar mudar o texto que foi encaminhado ao Congresso", disse o vice-presidente do Sindicato dos Professores de Universidades Federais (APUBH), Giovanne Azevedo.

MAIS REIVINDICAÇÕES. Apesar da decisão dos professores, técnicos e administrativos da UFMG continuam em greve por tempo indeterminado, reivindicando melhorias dentro da universidade. Os profissionais são contrários à implantação do ponto biométrico na instituição e pedem reformulação na carga horária de trabalho para o turno de seis horas.
Fonte: O TEMPO

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