Brasileiro admite mudar de banco por tarifas menores

11 de Setembro de 2012
por: Pedro Grossi

Seis em cada dez entrevistados dizem que procuraria taxas mais baratas

 

Em cada dez clientes de bancos, seis admitem que mudariam de instituição financeira caso o concorrente ofereça juros e tarifas menores. Mas, entre a intenção e a prática vai uma distância grande. Embora venha aumentando significativamente o número de portabilidades bancárias (quando um cliente leva seus contratos financeiros de um banco para outro), elas representam menos de 1% dos desembolsos mensais de crédito para pessoas físicas no país.

Segundo dados do Banco Central, de janeiro a julho deste ano, a média mensal é de 45 mil pedidos de portabilidade, que representa um montante total de R$ 520 milhões.

"As pessoas têm, sim, consciência de que às vezes pagam juros e taxas maiores, mas a transferência de banco não é tão simples", avalia o sócio-diretor do instituto DataPopular, Renato Meirelles. "Ao entrar em uma nova instituição as pessoas geralmente não têm as mesmas linhas de crédito e produtos que já são oferecidas nas instituições onde o cliente já tem um relacionamento", conclui.

Meirelles coordenou uma pesquisa que ouviu mais de 5.000 entrevistados de 750 cidades brasileiras entre maio e junho deste ano para identificar características entre o consumidor brasileiro e as instituições bancárias. Segundo o levantamento, 58,7% dos entrevistados admitiram trocar de banco em busca de juros menores. Além disso, 53% dos clientes responderam acreditar que os bancos públicos possuem taxas menores.

Este é o caso do editor de vídeo Fábio Vieira. Cliente de quatro bancos, dois deles privados, Fábio está concentrando sua movimentação financeira em instituições públicas, onde, segundo ele, as taxas "ou são bem menores ou nem existem". "Por causa da minha conta salário, sempre que eu mudava de empresa ia abrindo contas em bancos diferentes", conta. Ele lembra que era cliente do HSBC e do Santander e pagava taxas mensais de quase R$ 20 para manter contas que praticamente não movimentava.

Quando passou a receber pelo Banco do Brasil notou a diferença de taxas. "Não sabia que podia ter até mais serviços, como cheque especial e cartão de crédito, e pagando taxas e juros bem menores", conta. Vieira já mudou de emprego mais uma vez e optou por receber sempre pelo banco público. "Tive um pouco de trabalho, mas consegui cancelar minhas contas nos bancos privados", diz.





 

 

Fonte: O TEMPO

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