Minas terá R$ 7,4 bilhões para investimentos

12 de Setembro de 2012
por: Marcelo da Fonseca

Estado tem sinal verde para obter empréstimo de R$ 1,3 bi e para ampliar seu limite de endividamento em R$ 6 bi

 

Mantega (E) recebeu os governadores do Rio Grande do Sul, de Minas e de Goiás: R$ 9 bi nos cofres

 (Antônio Cruz/ABR)  
Mantega (E) recebeu os governadores do Rio Grande do Sul, de Minas e de Goiás: R$ 9 bi nos cofres


A ampliação de investimentos para Minas Gerais por meio de empréstimos junto aos órgãos de financiamento recebeu sinal verde na tarde de ontem em duas frentes. Enquanto na Assembleia Legislativa, os deputados da base governista e da oposição chegaram a um acordo para a aprovação de um empréstimo no valor de R$ 1,3 bilhão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em Brasília o governador Antonio Anastasia (PSDB) se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para assinar um protocolo que aumenta em R$ 6,1 bilhões o limite das dívidas contraídas pelo estado. A maior parte dos recursos será destinada para obras de infraestrutura, e a previsão é de que os repasses sejam executados nos próximos três anos.

Segundo Anastasia, as negociações com os órgãos de financiamento de crédito já começaram e os projetos serão apresentados no menor prazo possível. “Há uma solicitação do próprio governo federal, que está aprovando esses valores, para que continuemos a fazer investimentos. Minas vai continuar gerando empregos e vamos auxiliar na melhoria da situação econômica do país como um todo, ampliando a produção e gerando mais renda”, afirmou o governador. Com o novo limite de empréstimos, os recursos poderão ser buscados por meio de parcerias com o BNDES e com bancos privados ou organismos multilaterais.

Ontem foram assinados também acordos com os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). O primeiro teve o limite de endividamento ampliado em R$ 2,17 bilhões, já os gaúchos devem receber um empréstimo de R$ 731 milhões para aplicação em projetos de infraestrutura, regularização urbanística e desenvolvimento do setor privado e da inovação tecnológica. Somado aos valores autorizados para Minas Gerais, o total de recursos foi ampliado em R$ 9 bilhões. “O Brasil tem condições de ter a maior carteira de investimentos do mundo. Nessa área temos que ser bastante ousados”, disse Mantega durante a audiência com os três governadores.

Na prática

Enquanto no Ministério da Fazenda estava sendo negociada a ampliação do endividamento estadual, na Assembleia os deputados aprovaram o projeto de lei que autoriza a contratação de R$ 1,3 bilhão para o governo do estado junto ao BNDES. Depois de acordo entre os parlamentares da oposição e da base aliada, a medida que tramitava em regime de urgência foi a única aprovada na sessão ordinária da Casa na tarde de ontem. Os recursos, liberados por meio do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados (Proinveste) – lançado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em junho –, serão destinados às áreas de infraestrutura de transporte e logística, saneamento básico e da segurança pública.

O projeto foi enviado à Assembleia pelo governo estadual e nos últimos meses foi alvo de muitas críticas da oposição, que apontava problemas no excessivo endividamento do estado e na falta de detalhamento sobre o destino das verbas. O líder de governo no Legislativo, deputado Bonifácio Mourão (PSDB), disse, no entanto, que as questões foram esclarecidas e as vantagens para o estado ficaram claras para todos os deputados. “Basta ver a avaliação recente feita pela agência norte-americana Standard & Poor’s sobre as contas de Minas para confirmarmos que nossas finanças andam em dia”, ressaltou Mourão.

Ainda segundo o parlamentar, foi fundamental a rápida tramitação do projeto, uma vez que os R$ 20 bilhões liberados pelo governo federal para o Proinveste estão sendo disputados por governadores. “Se deixássemos para depois das eleições, poderíamos não conseguir esses recursos, já que outros estados já apresentaram projetos e demandas. O plano é usar esse dinheiro para comprar viaturas e equipamentos para as polícias Militar e Civil, investir em 5 mil novas moradias previstas no plano habitacional do governo de Minas e no saneamento básico, principalmente no Vale do Jequitinhonha”, explicou Mourão.

 

Fonte: Estado de Minas

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