Juro do cartão é o único que não cai

13 de Setembro de 2012

Volume de crédito cresce 516% em dez anos no Brasil e já soma R$ 2,1 bilhões

 

A taxa de juros para pessoa física, na média de todas as modalidades de empréstimo, está no menor patamar desde 1995, quando a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) começou a monitorá-la. Passou de 6,12% ao mês em julho para 6,02% em agosto. Das seis linhas de crédito pesquisadas, cinco tiveram redução de suas taxas. Só a do cartão de crédito permanece nas alturas, em 10,69% ao mês - 238,30% ao ano.

As duas taxas de juros mais caras do país continuam sendo as mais usadas: o cartão de crédito e o cheque especial, cujo juro caiu para 153,22% ao ano.

O coordenador da pesquisa, Miguel Ribeiro de Oliveira, alerta que o consumidor deve se manter longe desses dois vilões. "Existem linhas de crédito mais baratas, como o microcrédito, que tem taxa de 2% ao mês; penhor de joias; crédito consignado com desconto em folha. Caso necessite de crédito, veja a possibilidade desses empréstimos mais baratos", diz ele.
Em relação à Selic, a Anefac aponta que a diminuição de cinco pontos percentuais da taxa (ou 40%), realizada pelo governo entre julho de 2011 e agosto de 2012 (de 12,50% ao ano para 7,50%), correspondeu a uma redução na taxa de juros média para pessoa física de 19,53 pontos percentuais, passando de 121,21% ao ano em julho de 2011 para 101,68% ao ano em agosto de 2012.

De acordo com Oliveira, a expectativa é que as taxas de juros voltem a ser reduzidas por causa do novo corte da Selic no fim de agosto, assim como a expectativa de redução dos índices de inadimplência.

Nas alturas.

O volume de crédito cresceu 516% em dez anos no Brasil, de R$ 351 milhões em junho de 2002 para R$ 2,167 bilhões em junho deste ano, revela estudo da Anefac. A forte expansão da oferta de empréstimo de dinheiro fez com que o volume do crédito aumentasse de 27,2% do PIB em 2002 para 50,6% do PIB atualmente.

Apesar da alta vigorosa, a entidade diz que o volume total do crédito do país ainda é baixo se comparado ao das principais economias do mundo, "aonde esse número atinge mais de 100% do PIB", segundo o coordenador de estudos econômicos da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira. "O dado demonstra que temos ainda um ambiente favorável à expansão de crédito".

A inadimplência - aumento das dívidas com atraso superior a 90 dias - subiu 23,4% no mesmo período, de 4,7% em 2002 para 5,8% em 2012.



 

 

Fonte:O TEMPO

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