Inflação de baixa renda sobe 0,50% em agosto
Rio de Janeiro - A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou no mês de agosto. o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um, dois e cinco salários mínimos, segundo divulgou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador subiu 0,50% no mês passado, após mostrar alta de 0,41% no mês anterior Com o resultado, o índice acumula alta de 3,93% no ano e de 6,57% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em agosto ficou acima da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0,44% em agosto.
A taxa de inflação acumulada em 2012 do IPC-C1 também foi maior do que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 3,51% no período. O mesmo ocorreu com a taxa acumulada em 12 meses do IPC-C1, que se posicionou acima da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período (5,69%).
Seis das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: transportes (de -0,01% em julho para 0,02% em agosto), alimentação (de 0,90% para 1,15%), vestuário (de -1,10% para -0,37%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,12% para 0,38%), despesas diversas (0,06% para 0,15%) e habitação (0,11% para 0,39%).
Contribuíram para esses movimentos os itens taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 0,62%), aves e ovos (de -0,73% para 2,10%), roupas (de -1,45% para -0,80%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,00% para 0,56%), clínica veterinária (de -0,52% para 0,28%) e automóvel usado (de -3,22% para -0,22%). Apresentaram decréscimo os grupos comunicação (de 0,50% para 0,17%) e educação, leitura e recreação (0,48% para 0,47%). (AE)
Fonte: Agência Estado