Juros registraram a sexta queda no ano
São Paulo - A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações de crédito caíram em agosto 0,10 ponto percentual para o consumidor e 0,09 ponto para pessoas jurídicas, atingindo, respectivamente, 6,02% e 3,44% ao mês, informou ontem a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Foi a sexta redução do ano e as taxas médias cobradas em agosto bateram recordes históricos de baixa: para o consumidor, é a menor desde 1995; para a pessoa jurídica, a mais baixa desde 1999.
Os recuos se devem, segundo a entidade, à melhora dos indicadores econômicos e ao corte da taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Banco Central (BC) no último dia 29. Para os próximos meses, a Anefac espera novas reduções nos juros cobrados pelas instituições financeiras em razão de possível novo corte da Selic, queda nos índices de inadimplência e maior concorrência no mercado, após os bancos públicos promoverem recuos nas taxas praticadas.
Jurídica - Todas as três linhas de crédito para pessoa jurídica pesquisadas pela Anefac apresentaram redução em agosto. Na linha de capital de giro, o juro médio passou de 1,92% ao mês em julho para 1,84% em agosto, ou 24,46% ao ano. Em desconto de duplicatas, o recuo foi de 0,16 ponto percentual, para 2,46% mensais em agosto (33,86% anuais). Os juros médios cobrados para essas duas linhas atingiram o menor nível da série histórica. Na conta garantida, houve queda de 6,04% ao mês em julho para 6,02% em agosto, ou 101,68% ao ano, o menor nível desde outubro do ano passado.
Para pessoa física, os juros médios apresentaram decréscimo em cinco das seis linhas pesquisadas: comércio (de 4,65% para 4,55% ao mês), financiamento de automóveis (de 1,80% para 1,70%), empréstimo pessoal feito por bancos (de 3,57% para 3,45%), empréstimo pessoal realizado por financeiras (de 7,92% para 7,67%) e cheque especial (8,07% para 8,05%). Com exceção da última, as outras linhas atingiram o menor nível da série histórica. Os juros cobrados no cartão de crédito permaneceram estáveis, em 10,69% ao mês, ou 238,30% por ano. (AE)
Fonte: Agência Estado