Patrus promete acrescentar R$ 50 ao Bolsa Família em BH
14 de Setembro de 2012
Em sabatina realizada por O TEMPO, petista afirma que, se for eleito, irá ampliar fiscalização do transporte coletivo e liberar espaços públicos para a cultura
Fernando Pimentel não tem aparecido no programa de televisão e ele esteve muito presente na campanha de Lacerda em 2008. Há algum problema? Não procede a informação. O ministro Pimentel já esteve presente em nosso programa de televisão, estará outras vezes, tem participado de várias atividades conosco. O PT, assim como a Frente BH Popular, os partidos que nos apoiam, PMDB, PCdoB, PRTB, os companheiros do PSD que estão conosco, estamos rigorosamente coesos em torno de um programa, de um compromisso: ganhar as eleições.
Como explicar para o eleitor que o prefeito, que era aliado há três meses, agora é adversário?
As relações foram sempre tensas. Eu e muitos outros companheiros do PT não apoiamos a candidatura do atual prefeito em 2008, como não apoiamos e não participamos da sua administração. O que houve, então, foi uma separação. Um processo que se iniciou em 2008 e, com as diferenças se avolumando, chegou um momento em que as diferenças prevaleceram. O atual prefeito fez sua opção, mais conservadora, mais à direita, uma opção pelo PSDB.
O rodízio seria uma solução para o trânsito? Não considero a possibilidade do rodízio. Até porque pode ser uma medida muito injusta, porque um trabalhador, que conseguiu seu carro e mora em um bairro mais distante, fica penalizado em relação a famílias que têm três, quatro carros. O que nós temos que enfrentar é o desafio do transporte coletivo. De imediato, no curto prazo, melhorar o serviço de ônibus, fazendo com que a BHTrans volte a cumprir um papel de fiscalização. Que volte a agir em nome do interesse público. Vamos liderar um movimento nacional para reduzir determinados preços, por exemplo, do combustível, do financiamento de ônibus. Vamos concluir as obras que estão se arrastando, como a do BRT, e implantar mais duas linhas. Estamos assumindo o compromisso de fazermos a linha do metrô do Barreiro até o Calafate e ampliarmos as outras linhas.
O que o senhor quer dizer com "transformar a praça da Estação em um território livre para a cultura"?
Não vamos impor nada. O território de cultura é sobretudo livre. O primeiro compromisso nosso é fazer com que os territórios de Belo Horizonte, as praças, os parques e os jardins, sejam espaços públicos. Não como o atual prefeito, que fez um decreto, de um único artigo, proibindo as manifestações culturais na praça da Estação. Isso não faremos.
O senhor vai manter a escola plural? Nós vamos manter o boletim e o processo de avaliação. E vamos aperfeiçoar os mecanismos de comunicação com os pais, para que eles possam acompanhar o desempenho escolar. Agora, para ter o boletim, é necessário que a criança esteja na escola. Vamos investir mais para que a escola pública seja aquilo que eu quero que ela seja: uma escola no nível das melhores escolas particulares.
Belo Horizonte está perdendo terreno para outras capitais em atratividade turística. Se for eleito, qual será o modelo para melhorar a infraestrutura? A atual gestão foi totalmente omissa e ficou muito aquém das possibilidades de Belo Horizonte. A questão do centro de convenções é fundamental, e nós vamos trabalhar nesse sentido, em uma ação integrada com o setor privado. Nós precisamos dotar a cidade de uma rede hoteleira forte, por isso eu mencionei a questão da linha do metrô até Confins. Podemos também redimensionar o papel do aeroporto da Pampulha, que era tudo anos atrás e, agora, está praticamente parado.
O senhor promete dobrar o número de centros de especialidades médicas e abrir os postos de saúde aos fins de semana. Como viabilizar isso? A saúde de Belo Horizonte está muito ruim e vai melhorar no nosso governo. Nós vamos abrir os centros de saúde aos fins de semana progressivamente. Nós vamos dobrar os atendimentos de unidades especializadas, porque tem gente esperando um ano para ser atendido. A prefeitura tem um orçamento de R$ 5 bilhões, ela recebe cerca de R$ 3 bilhões do governo federal e pode receber muito mais, se apresentarmos mais projetos, inclusive na área da saúde.
Como o senhor pretende trabalhar para erradicar a miséria em Belo Horizonte?
Nós já temos o compromisso de acrescentar em R$ 50 para as famílias com renda inferior a R$ 70 com recursos municipais. A prefeitura vai participar efetivamente dos programas do governo federal, do Bolsa Família, do Brasil sem Miséria. Agora, mais do que isso, o importante, com a experiência que nós adquirimos no ministério (do Desenvolvimento Social), é trabalhar de forma integrada as políticas sociais para combater a miséria.
Como explicar para o eleitor que o prefeito, que era aliado há três meses, agora é adversário?
As relações foram sempre tensas. Eu e muitos outros companheiros do PT não apoiamos a candidatura do atual prefeito em 2008, como não apoiamos e não participamos da sua administração. O que houve, então, foi uma separação. Um processo que se iniciou em 2008 e, com as diferenças se avolumando, chegou um momento em que as diferenças prevaleceram. O atual prefeito fez sua opção, mais conservadora, mais à direita, uma opção pelo PSDB.
O rodízio seria uma solução para o trânsito? Não considero a possibilidade do rodízio. Até porque pode ser uma medida muito injusta, porque um trabalhador, que conseguiu seu carro e mora em um bairro mais distante, fica penalizado em relação a famílias que têm três, quatro carros. O que nós temos que enfrentar é o desafio do transporte coletivo. De imediato, no curto prazo, melhorar o serviço de ônibus, fazendo com que a BHTrans volte a cumprir um papel de fiscalização. Que volte a agir em nome do interesse público. Vamos liderar um movimento nacional para reduzir determinados preços, por exemplo, do combustível, do financiamento de ônibus. Vamos concluir as obras que estão se arrastando, como a do BRT, e implantar mais duas linhas. Estamos assumindo o compromisso de fazermos a linha do metrô do Barreiro até o Calafate e ampliarmos as outras linhas.
O que o senhor quer dizer com "transformar a praça da Estação em um território livre para a cultura"?
Não vamos impor nada. O território de cultura é sobretudo livre. O primeiro compromisso nosso é fazer com que os territórios de Belo Horizonte, as praças, os parques e os jardins, sejam espaços públicos. Não como o atual prefeito, que fez um decreto, de um único artigo, proibindo as manifestações culturais na praça da Estação. Isso não faremos.
O senhor vai manter a escola plural? Nós vamos manter o boletim e o processo de avaliação. E vamos aperfeiçoar os mecanismos de comunicação com os pais, para que eles possam acompanhar o desempenho escolar. Agora, para ter o boletim, é necessário que a criança esteja na escola. Vamos investir mais para que a escola pública seja aquilo que eu quero que ela seja: uma escola no nível das melhores escolas particulares.
Belo Horizonte está perdendo terreno para outras capitais em atratividade turística. Se for eleito, qual será o modelo para melhorar a infraestrutura? A atual gestão foi totalmente omissa e ficou muito aquém das possibilidades de Belo Horizonte. A questão do centro de convenções é fundamental, e nós vamos trabalhar nesse sentido, em uma ação integrada com o setor privado. Nós precisamos dotar a cidade de uma rede hoteleira forte, por isso eu mencionei a questão da linha do metrô até Confins. Podemos também redimensionar o papel do aeroporto da Pampulha, que era tudo anos atrás e, agora, está praticamente parado.
O senhor promete dobrar o número de centros de especialidades médicas e abrir os postos de saúde aos fins de semana. Como viabilizar isso? A saúde de Belo Horizonte está muito ruim e vai melhorar no nosso governo. Nós vamos abrir os centros de saúde aos fins de semana progressivamente. Nós vamos dobrar os atendimentos de unidades especializadas, porque tem gente esperando um ano para ser atendido. A prefeitura tem um orçamento de R$ 5 bilhões, ela recebe cerca de R$ 3 bilhões do governo federal e pode receber muito mais, se apresentarmos mais projetos, inclusive na área da saúde.
Como o senhor pretende trabalhar para erradicar a miséria em Belo Horizonte?
Nós já temos o compromisso de acrescentar em R$ 50 para as famílias com renda inferior a R$ 70 com recursos municipais. A prefeitura vai participar efetivamente dos programas do governo federal, do Bolsa Família, do Brasil sem Miséria. Agora, mais do que isso, o importante, com a experiência que nós adquirimos no ministério (do Desenvolvimento Social), é trabalhar de forma integrada as políticas sociais para combater a miséria.
Fonte: O TEMPO