MG receberá investimentos de R$ 56,3 bi

20 de Setembro de 2012
por: Mara Bianchetti

Mineração e siderurgia receberão maior parte do montante, que aumentou 8,5% ante o segundo trimestre 

 

 

 


Os aportes privados a serem realizados em Minas Gerais nos próximos dois anos já chegam a R$ 56,3 bilhões e serão aplicados, basicamente, nos tradicionais setores da economia mineira, como mineração e siderurgia. Mas outros segmentos começam a ganhar maior representatividade, como o automotivo e o químico, o que mostra a evolução da diversificação do parque produtivo do Estado. o que revela o levantamento "Perspectiva de Investimentos", elaborado pela Unidade de Inteligência Empresarial do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG).

Baseado em dados divulgados pelas próprias empresas investidoras, bem como em protocolos de intenções assinados com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), o estudo faz um mapeamento dos aportes a serem recebidos pelo Estado nos próximos exercícios.

De acordo com o analista de inteligência empresarial do Sebrae-MG, Ricardo de Faria Leopoldo, "esta é a terceira vez que a entidade realiza o levantamento, feito por região e segmento econômico, de forma a contribuir para que as micro e pequenas empresas identifiquem oportunidades de negócios em todo território mineiro".

Do total dos investimentos, R$ 46,5 bilhões serão destinados à indústria. Isso equivale a 82,6%. Já o segmento de serviços irá concentrar R$ 4,6 bilhões, enquanto o agronegócio fica com R$ 2,8 bilhões e o comércio, R$ 2,3 bilhões.

Segundo ele, o montante revelado por esta edição do "Perspectiva de Investimentos" é 8,5% superior ao apontado pela mesma pesquisa realizada no segundo trimestre deste exercício, quando R$ 51,9 bilhões eram aguardados em investimentos no Estado. "Isso indica que, apesar das incertezas econômicas as empresas não estão cancelando ou postergando seus aportes. Muito pelo contrário, os investimentos estão aumentando", diz.

Neste sentido, Leopoldo destaca que o último levantamento também revelou uma maior diversificação dos aportes recebidos pelo Estado - uma das pautas prioritárias do governo mineiro. Segundo ele, segmentos como automotivo, químico, energético e de shoppings centers já começam a aparecer entre os primeiros da lista entre os setores contemplados.

"Mineração e siderurgia ainda continuam a liderar os aportes com R$ 21,596 bilhões e R$ 5,613 bilhões, respectivamente. Porém, os R$ 10,377 bilhões que somam os demais setores citados, já começam a ganhar representatividade", explica.


Descentralização - Outro fator que o analista ressalta é a cada vez maior descentralização e interiorização dos investimentos. "Apesar de a maioria estar concentrada na Região Central, principalmente em função dos setores de mineração e siderurgia, temos observado uma tendência de descentralização".

Neste caso, o estudo destaca a participação do Triângulo Mineiro, da Região do Vale do Rio Doce, Zona da Mata e Sul.

 

Fonte: Diário do Comércio

 

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