Patrus prevê metrô além da capital

21 de Setembro de 2012
por: Daniel Camargos

Em videochat do Portal Uai e site em.com.br Patrus defende integração com cidades vizinhas e volta a prometer postos de saúde nos fins de semana

 

 

O candidato petista defendeu a melhoria do transporte público como forma de aliviar o trânsito na cidade (sidney lopes/EM/D.A press)  
O candidato petista defendeu a melhoria do transporte público como forma de aliviar o trânsito na cidade

 

O candidato a prefeito Patrus Ananias (PT) pretende levar o metrô de Belo Horizonte até Ribeirão das Neves e Confins. “É preciso fazer um metrô com maior dimensão metropolitana. Pensar na integração com Venda Nova e Confins”, afirmou o petista, durante videochat no Portal Uai e no site em.com.br na tarde de ontem. Patrus aproveitou para criticar seu principal oponente, o prefeito e candidato à reeleição, Marcio Lacerda (PSB), dizendo que as obras em andamento na cidade seguem em ritmo “lento e lerdo”.

 
Patrus se comprometeu também a concluir as obras do BRT e ampliar o modal de transporte. “O primeiro passo é melhorar o transporte coletivo que está aí. A BHTrans precisa voltar a ter papel público, de garantia de horários, limpeza dos ônibus e fiscalização”, afirmou o candidato. Foi uma referência indireta a duas declarações recentes de Lacerda. Na primeira, o atual prefeito disse que o cidadão, quando se depara com um ônibus lotado, deve esperar pelo próximo. Em outra oportunidade, Lacerda afirmou não ser possível oferecer transporte público de qualidade no horário de pico.

Outra solução apontada por Patrus é reduzir o uso de veículos particulares, mas, para isso, ele entende que é preciso melhorar o transporte coletivo. “É preciso fazer um pacto de proteger os pedestres. São quase 300 mortes por ano na cidade, sem contar aqueles que ficam com marcas permanentes. A cidade precisa facilitar a circulação de pessoas”, afirmou Patrus. Questionado sobre qual seria a diferença do seu governo com o atual, que teve a participação do PT durante três anos e meio, Patrus avalia: “A segunda diferença é a questão social. Nosso compromisso é governar para todos, em especial para os pobres”.

Uma cidade citada como exemplo pelo petista foi Barcelona, na Espanha. “Há 30 anos a violência aumentou em Barcelona e a cidade chamou os cidadãos para ocuparem as ruas. Quanto mais pessoas ocupam as ruas, mais fácil combater a violência, pois se combate na origem, com as pessoas no esporte e na cultura”, acredita Patrus.

 
Saúde

O petista abordou com ênfase as propostas para saúde. Voltou a prometer que abrirá os postos de saúde nos fins de semana. Ele estimou que abrir 40 postos de saúde no fim de semana custará R$ 6 milhões, sendo que o orçamento da área na capital mineira é de R$ 1,8 bilhão. “Vamos abrir os postos progressivamente. A saúde será uma grande prioridade, pois está muito ruim no atual governo”, prometeu Patrus.

O candidato também afirmou que construirá mais 22 centros de saúde, dobrará o número de equipes de saúde da família, construirá três unidades de pronto atendimento (UPAs), ampliará e reformará outras três e vai implantar nove unidades de especialidades médicas. “Não é razoável que uma pessoa morra por falta de cuidados médicos em uma cidade como Belo Horizonte”, afirmou.

Patrus fez questão de dizer que não apoiou a aliança com Lacerda em 2008 e frisou que o afastamento entre PT e PSB em Belo Horizonte já acontecia há mais de um ano, liderado pelo atual vice-prefeito, Roberto Carvalho (PT). O candidato aproveitou para alfinetar Lacerda. “O atual prefeito não tem exatamente o perfil, uma concepção socialista de vida”, avalia. “Temos projetos diferentes. Nosso adversário optou pelo PSDB,  pelas forças políticas mais conservadoras.” A vinda da presidente Dilma Rousseff para o lançamento do plano de governo amanhã, na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, não foi confirmada por Patrus.


Mais recursos para a cultura
 
 
 
O ex-ministro falou aos universitários sobre mobilidade urbana (Beto Novaes/EM/D.A press)  
O ex-ministro falou aos universitários sobre mobilidade urbana
A mobilidade urbana foi o principal tema das perguntas feitas pelos estudantes da PUC Minas ao candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Patrus Ananias (PT) durante a sabatina do Diretório Central dos Estudantes (DCE), ontem pela manhã. O petista destacou que pretende continuar as obras em andamento, mas considerou as ações insuficientes para garantir melhorias significativas no trânsito da capital. Ele ressaltou também a necessidade de investimentos maiores na área cultural e apontou a baixa execução orçamentária para o setor como um dos grandes problemas da atual administração.
“Gastou-se nos últimos anos a metade de um orçamento que já é muito pobre. E as discussões e projetos para a juventude da cidade passam pelas ações no setor cultural”, afirmou Patrus. Segundo o candidato, de um total de R$ 260 milhões previstos no orçamento, apenas R$ 130 milhões foram executados até agora. “No nosso governo, a juventude será uma grande prioridade. Temos hoje um programa muito importante do governo federal, que é o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), mas que não está sendo aproveitado em BH. Por meio de parcerias com esse programa vamos capacitar 100 mil jovens em quatro anos”, prometeu o petista.

 
Outra compromisso de campanha feito por Patrus foi a criação de dois institutos federais de educação tecnológica, um na Região do Barrreiro e outro em Venda Nova. “Cada uma dessas unidades vai atender 1,4 mil jovens. Com isso queremos cada vez mais qualificar a juventude da cidade”, disse o petista.

 
Em relação às propostas para a mobilidade, Patrus afirmou que pretende acelerar a execução das obras que estão em andamento e apontou outras medidas como fundamentais para desafogar o trânsito. “Quando fui relator da Lei Orgânica fizemos um dispositivo ético muito bom, que obriga o prefeito a dar continuidade às obras do antecessor. Vamos concluir essas obras que vêm se arrastando em BH, mas nós precisamos de mais”, cobrou o candidato. Ele citou a expansão do metrô, que passará a atender outras regiões da cidade, e a integração entre os municípios da região metropolitana como ações que realmente mudariam o panorama da capital. (Marcelo da Fonseca)

 

Fonte: Estado de Minas

 

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