Metroviários pedem desculpa à população por transtornos

EUGENIO MORAES

Cerca de 215 mil pessoas são prejudicadas pela greve em Minas

Por meio de uma carta aberta, os metroviários mineiros pediram desculpas à população pelos transtornos gerados por causa da greve, que completou um mês nesta semana. Cerca de 20 mil exemplares da publicação foram distribuídos nas estações Eldorado, Lagoinha, Central, São Gabriel e Vilarinho na manhã desta sexta-feira (15). Aproximadamente 215 mil pessoas são prejudicadas com as mudanças desde o começo da paralisação.

No texto, os grevistas dizem que o movimento deve acabar em breve, com a conquista das reivindicações, e lamentam os problemas. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Romeu José Machado Neto, a intenção da categoria é voltar ao trabalho, mas é preciso ter uma contrapartida por parte da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

"Nós estamos dispostos a suspender o movimento mesmo sem o índice solicitado, caso a empresa mantenha as cláusulas do acordo coletivo de 2011 e abone os dias parados", explica.

Ainda de acordo com o representante do sindicato, o objetivo da greve não era prejudicar os usuários. "O que a gente queria era trabalhar normalmente e com as catracas abertas, mas isso foi proíbido pela justiça", comenta Romeu.

Negociações

Na tarde desta sexta, os grevistas se reunirão com a empresa e o ministro relator do processo em uma audiência de conciliação e instrução no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF). Caso haja um acordo, a greve pode terminar ainda hoje.

Pela noite, os trabalhadores também farão uma assembleia na Praça da Estação, na capital mineira, quando apresentarão o resultado da audiência e discutirão sobre a continuidade do movimento.

Atualmente, o metrô opera apenas em escala mínima, entre 5h20 e 8h30, e das 17 horas às 19h30 - de segunda à sexta-feira - e de 5h30 às 9 horas nos sábados, sem funcionar aos domingos e feriados.