Desemprego e trabalho informal sobem na capital
Entre os meses de julho e agosto, a informalidade cresceu 5% na área
O desemprego total de Belo Horizonte e região metropolitana subiu 0,2 ponto percentual em agosto, fixando-se em 5,2%. A variação é quase estabilidade, mas representou a terceira alta no ano. A informalidade também voltou ao cenário, apresentando alta de 5% na comparação com o mês de julho, e de 4,2% em de 12 meses.
A coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), Gabrielle Selani, explica que a parcela de trabalhadores informais inclui quem presta serviços por contrato, além de autônomos e estagiários. "A ideia não é eliminar essa parcela do mercado. Eles sempre vão existir. O ideal é agregar qualificação a essas funções", defende a coordenadora.
Cerca de 11 mil pessoas, segundo os dados da pesquisa, ingressaram no mercado de trabalho no mês de agosto. No entanto, foram criados 6.000 novos postos de trabalho. "O déficit de 5.000 trabalhadores representou esse aumento do nível de desemprego", explica Gabrielle Selani.
Os desempregados, no entanto, passam menos tempo procurando emprego. São, em média, 21 semanas - menor tempo da série histórica iniciada em 1996. Em 2004, foi registrado o maior período de busca por um emprego - 70 semanas - o equivalente a quase um ano e meio de procura por um posto de trabalho.
Setores. Em agosto, o setor de serviços apresentou variação negativa de 1% na criação de empregos, na comparação com o mês de julho, deixando de gerar cerca de 13 mil vagas. Já as demais áreas registraram acréscimo no contingente.
A indústria, que segue na fase de recuperação financeira e reajuste aos pacotes econômicos do governo federal, teve alta de 3,4% no quadro de funcionários. A construção civil, por sua vez, mantém o bom momento econômico, com aumento de 3,9% no número de contratados no mês. Na comparação com agosto de 2011, a alta é de 8,4%.
Fonte: O TEMPO