Bancários da Caixa recusam proposta e continuam parados
Bancos privados e o do Brasil reabriram ontem sem confusão e com pouca gente
mpregados da Caixa Econômica Federal em todo o Brasil não aceitaram as propostas de reajuste apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e mantiveram a paralisação, que já dura nove dias. Anteontem, os funcionários dos bancos privados e do Banco do Brasil já haviam aceitado o reajuste de 8,5% para o piso salarial, e voltaram ao trabalho ontem em todo o país, menos no Ceará.
A proposta apresentada pela Caixa e rejeitada pela categoria contempla a participação nos lucros e resultados (PLR) de 4% do lucro líquido distribuído linearmente e contratação de mais de 7.000 trabalhadores até 2013, além de ampliação em 3.230 bolsas de estudo.
"Apesar da proposta conter avanços importantes, a assembleia decidiu rejeitá-la e votou pela continuidade da greve", afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Eliana Brasil. Na tarde de hoje, os grevistas se reúnem para uma nova tentativa de encerrar a greve.
Os bancários da Caixa em São Paulo aprovaram, em assembleia no fim da tarde de ontem, a proposta feita pela direção do banco. Com isso, voltam ao trabalho hoje.
Transtorno. Sem saber da greve, o aposentado José Lima, 72, saiu de Águas Vermelhas, no Norte de Minas, para fazer uma transferência bancária (TED) em Belo Horizonte. "Comprei um carro e a agência está me cobrando a transferência do dinheiro. Só tenho conta na Caixa, agora não sei o que fazer", reclamou. "A gente pede informação e ninguém sabe dizer se alguma agência está funcionando para me atender".
Cliente do Banco do Brasil, a funcionária pública Virgínia Breda atrasou em mais de uma semana o envio de dinheiro para uma irmã que mora no exterior. "A greve foi um transtorno. A gente fica apreensiva, porque não sabe quanto tempo vai durar", avaliou. No ano passado, a paralisação durou 21 dias.
Fonte: O TEMPO