Portas fechadas para 35 mil empreendedores individuais em Minas
01 de Outubro de 2012
por: Paula Takahashi
Cancelamento de registros de empreendedores individuais, micro e pequenas empresas na Junta Comercial de Minas Gerais representa 5,87% das atividades do setor em dois anos
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Andréa Duarte cancelou há poucos dias seu registro na Junta Comercial: "Estou com um problema de coluna" |
Os anos de 2010 e 2011 foram marcados por uma verdadeira devastação no número de empreendedores individuais e micro e pequenas empresas registradas no estado. Somente neste biênio, 35.680 negócios encerraram suas atividades e cancelaram o registro de atuação na Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), o equivalente a 5,87% do total de empreendedores de pequeno porte. Somente em 2011, foram 19.836 atividades encerradas, volume que superou em 25% as 15.844 empresas que fecharam as portas em 2010.
Isso significa que mais de 55 mil empresários deixaram de lado o almejado negócio próprio, segundo a pesquisa Situação jurídica das Micro e Pequenas empresas, realizada pela Jucemg em parceria com o Sebrae Minas. Apesar das causas do movimento não serem claras, Bárbara Castro, analista da unidade de inteligência do Sebrae Minas, reconhece que há fatores que ajudam a explicar uma parcela das dificuldades dos micro e pequenos empresários. “Boa parte pode ser por falta de conhecimento do mercado no qual se propôs a atuar, falta de preparo gerencial, dificuldade em atender a demanda e todo esse caráter de conhecimento do negócio podem estar entre as justificativas”, avalia a especialista.
Os chamados empreendedores individuais – com faturamento de até R$ 60 mil ao ano, sem sócio e com até um funcionário – foram os que mais sofreram no período. Ainda que representem apenas 15% do total de negócios fechados, experimentaram uma elevação abrupta no volume de cancelamentos dos registros, ao passar de 1,2 mil para 4,2 mil entre 2010 e 2011, alta de 260%.
“Os empreendedores individuais são a linha de frente”, afirma Bárbara ao avaliar que eles estão mais sensíveis às dificuldades. “Qualquer empecilho afeta diretamente o andamento do negócio”, explica. Foi o que ocorreu com Andréa Duarte, que, há poucos dias, cancelou o seu registro na Jucemg. “Estou com um problema de coluna que me impede de trabalhar”, lamenta.
A busca pela formalização foi motivada pela demanda das clientes que já compravam bolsas e bijouterias com a empreendedora, mas queriam mais. “Pensei em trazer roupas de São Paulo, mas para isso, as lojas de lá exigem CNPJ e inscrição estadual. Por isso corri atrás”, explica. O registro durou pouco mais de quatro meses, mas ela pretende voltar em breve.
Isso significa que mais de 55 mil empresários deixaram de lado o almejado negócio próprio, segundo a pesquisa Situação jurídica das Micro e Pequenas empresas, realizada pela Jucemg em parceria com o Sebrae Minas. Apesar das causas do movimento não serem claras, Bárbara Castro, analista da unidade de inteligência do Sebrae Minas, reconhece que há fatores que ajudam a explicar uma parcela das dificuldades dos micro e pequenos empresários. “Boa parte pode ser por falta de conhecimento do mercado no qual se propôs a atuar, falta de preparo gerencial, dificuldade em atender a demanda e todo esse caráter de conhecimento do negócio podem estar entre as justificativas”, avalia a especialista.
Os chamados empreendedores individuais – com faturamento de até R$ 60 mil ao ano, sem sócio e com até um funcionário – foram os que mais sofreram no período. Ainda que representem apenas 15% do total de negócios fechados, experimentaram uma elevação abrupta no volume de cancelamentos dos registros, ao passar de 1,2 mil para 4,2 mil entre 2010 e 2011, alta de 260%.
“Os empreendedores individuais são a linha de frente”, afirma Bárbara ao avaliar que eles estão mais sensíveis às dificuldades. “Qualquer empecilho afeta diretamente o andamento do negócio”, explica. Foi o que ocorreu com Andréa Duarte, que, há poucos dias, cancelou o seu registro na Jucemg. “Estou com um problema de coluna que me impede de trabalhar”, lamenta.
A busca pela formalização foi motivada pela demanda das clientes que já compravam bolsas e bijouterias com a empreendedora, mas queriam mais. “Pensei em trazer roupas de São Paulo, mas para isso, as lojas de lá exigem CNPJ e inscrição estadual. Por isso corri atrás”, explica. O registro durou pouco mais de quatro meses, mas ela pretende voltar em breve.
Crédito fácil
Para ajudar no andamento do negócio, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) reduziu as taxas de juros para os micro e pequenos empresários mineiros. A taxa do principal produto para o segmento, o BDMG Geraminas, parte de 0,85% ao mês para operações com prazo de pagamento de até um ano, incluídos três meses de carência.
Para ajudar no andamento do negócio, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) reduziu as taxas de juros para os micro e pequenos empresários mineiros. A taxa do principal produto para o segmento, o BDMG Geraminas, parte de 0,85% ao mês para operações com prazo de pagamento de até um ano, incluídos três meses de carência.
Fonte: Estado de Minas