Dilma critica países ricos e quer apoio dos pobres
03 de Outubro de 2012
Alvos foram os Estados Unidos e os recentes ataques à política brasileira
SÃO PAULO. A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem as parcerias com países sul-americanos e árabes como forma de reagir à crise financeira e se defender contra o protecionismo dos países desenvolvidos, a quem voltou a criticar duramente. Em discurso na cúpula de chefes de Estado em Lima, no Peru, Dilma disse que as medidas tomadas pelas potências atingem as economias em desenvolvimento.
"Os efeitos da crise econômica se propagam. Um protecionismo disfarçado se impõe (...) precisamos desenvolver nossa cooperação com bases solidárias", disse. Como resposta às medidas protecionistas, Dilma disse que a solução é a parceria entre sul-americanos e árabes, que aumentou nos últimos anos e envolveu US$ 27,5 bilhões em 2011.
"Não podemos nos conformar com o papel de meros exportadores de commodities, em um mundo cada vez mais interdependente", disse. Ela também acusou os países desenvolvidos de "exportar a crise para o mundo" e os condenou por adotar medidas de austeridade na tentativa de conter os impactos e pagar as dívidas.
Para a presidente, essas medidas não são a solução para o que chamou de "desemprego galopante", que afeta principalmente os países da zona do euro. O teor do discurso é similar ao feito durante a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), na semana passada. "A opção por políticas fiscais ortodoxas vem agravando as economias desenvolvidas, com reflexos nas economias emergentes, inclusive o Brasil", afirmou.
A crítica de Dilma se concentrou num dos efeitos "colaterais" das políticas econômicas: a valorização das moedas das economias emergentes, o que desequilibra suas respectivas balanças comerciais. Em reação, alguns emergentes, a exemplo do Brasil, elevaram suas barreiras comerciais, tornando as importações mais caras. "Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam consideradas protecionismo", disse a presidente.
Desde 2008, os governos dos EUA e dos países europeus têm emitido quantidades maciças de dinheiro para estimular as respectivas economias. Ao mesmo tempo, principalmente no Velho Continente, os governos têm cortado gastos públicos, salários e aposentadorias, e aumentado os impostos, de modo a combater os rombos nas contas públicos agravados pela crise econômica.
"Os efeitos da crise econômica se propagam. Um protecionismo disfarçado se impõe (...) precisamos desenvolver nossa cooperação com bases solidárias", disse. Como resposta às medidas protecionistas, Dilma disse que a solução é a parceria entre sul-americanos e árabes, que aumentou nos últimos anos e envolveu US$ 27,5 bilhões em 2011.
"Não podemos nos conformar com o papel de meros exportadores de commodities, em um mundo cada vez mais interdependente", disse. Ela também acusou os países desenvolvidos de "exportar a crise para o mundo" e os condenou por adotar medidas de austeridade na tentativa de conter os impactos e pagar as dívidas.
Para a presidente, essas medidas não são a solução para o que chamou de "desemprego galopante", que afeta principalmente os países da zona do euro. O teor do discurso é similar ao feito durante a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), na semana passada. "A opção por políticas fiscais ortodoxas vem agravando as economias desenvolvidas, com reflexos nas economias emergentes, inclusive o Brasil", afirmou.
A crítica de Dilma se concentrou num dos efeitos "colaterais" das políticas econômicas: a valorização das moedas das economias emergentes, o que desequilibra suas respectivas balanças comerciais. Em reação, alguns emergentes, a exemplo do Brasil, elevaram suas barreiras comerciais, tornando as importações mais caras. "Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial por parte dos países em desenvolvimento sejam consideradas protecionismo", disse a presidente.
Desde 2008, os governos dos EUA e dos países europeus têm emitido quantidades maciças de dinheiro para estimular as respectivas economias. Ao mesmo tempo, principalmente no Velho Continente, os governos têm cortado gastos públicos, salários e aposentadorias, e aumentado os impostos, de modo a combater os rombos nas contas públicos agravados pela crise econômica.
Regime do setor de veículos sai hoje
Brasília. A presidente Dilma Rousseff deve assinar hoje o decreto que regulamenta o novo regime automotivo, afirmou, ontem, o ministro Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. "Ela não fez hoje (ontem)porque está viajando para Lima, no Peru, então atrasou um pouco, mas amanhã (hoje) deve estar assinado", disse o ministro, que participou da inauguração do novo hangar da empresa Helibras em Itajubá, interior de Minas (leia mais na página 16).
O novo regime automotivo, cujos termos gerais foram anunciados em abril, estabeleceu um aumento de 30 pontos no IPI dos veículos que serão vendidos no país entre 2013 e 2017, mas as montadoras que se enquadrarem em seus termos poderão reduzir a incidência do tributo mediante cumprimento de exigências como aumento nos investimentos, redução no consumo de combustível e nacionalização de componentes. Na prática, o desconto no IPI será concedido em forma de créditos bimestrais com base nos gastos das empresas em nacionalização do produto.
O novo regime automotivo, cujos termos gerais foram anunciados em abril, estabeleceu um aumento de 30 pontos no IPI dos veículos que serão vendidos no país entre 2013 e 2017, mas as montadoras que se enquadrarem em seus termos poderão reduzir a incidência do tributo mediante cumprimento de exigências como aumento nos investimentos, redução no consumo de combustível e nacionalização de componentes. Na prática, o desconto no IPI será concedido em forma de créditos bimestrais com base nos gastos das empresas em nacionalização do produto.
Fonte: O TEMPO