Banco Mundial elogia vagas no país

03 de Outubro de 2012

Brasília - O Banco Mundial elogiou a criação de vagas formais no Brasil, em um relatório divulgado ontem sobre a importância da criação de empregos para diminuir a pobreza nos países emergentes e em desenvolvimento. Segundo o relatório, mesmo com um ambiente trabalhista extremamente regulado, o país conseguiu aumentar de cerca de 53% para cerca de 58% a proporção de empregados formais no mercado de trabalho entre 1995 e 2010.

"Poucos países conseguiram reduzir substancialmente a informalidade", diz o relatório. "O crescimento acelerado e o fortalecimento das instituições no Brasil e no Chile os transformam em exceções recentes".

O Relatório sobre o "Desenvolvimento Mundial 2013: Empregos" chama a atenção para a importância da criação de vínculos empregatícios, que considera a "pedra angular" do desenvolvimento. "Os empregos são a melhor garantia contra a pobreza e a vulnerabilidade", disse o economista-chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu.

Enquanto o setor privado gera cerca de 90% de todos os empregos nos países desenvolvidos - e o Brasil não escapa à regra -, Basu diz que os governos podem ajudar criando um ambiente de negócios favorável e protegendo as atividades. "Os governos desempenham um papel vital mediante a criação de um ambiente de negócios que aumente a demanda por mão de obra", disse o economista.

O documento ressalta que os empregos com maiores benefícios para o desenvolvimento são aqueles que aumentam a renda, elevam o status dos trabalhadores, levam as cidades a funcionar melhor, conectam a economia aos mercados globais e protegem o meio ambiente.

O relatório é divulgado no momento em que o governo brasileiro celebra patamares recordes de desemprego baixo no país. Até agosto deste ano, segundo dados ajustados do Ministério do Trabalho, o saldo líqüido de criação de vagas (o resultado das contratações menos as demissões) foi quase 1,4 milhão de empregos.

o ano passado, foram criados 2 milhões de novas vagas líquidas e em 2010, foram 2,6 milhões. O relatório nota que, na última década, a criação de empregos no setor formal foi três vezes mais veloz que no setor informal. "O Brasil é um exemplo de um país altamente ’formalizante’", disseramo os pesquisadores. (AE)

 

 

 

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