Cresce o medo do desemprego
Índice trimestral ficou em 75,3 pontos, aponta CNI
São Paulo - O índice que apura o medo do desemprego subiu 0,8% em setembro ante junho (a medição é feita trimestralmente), informou ontem a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Em relação a setembro do ano passado, o índice acumula uma alta de 2%, segundo a pesquisa Termômetros da Sociedade Brasileira.
O indicador vai de 0 a 100 e, conforme aumenta, mostra que o medo da população em relação à perspectiva de ficar desempregado também cresce. Em setembro, o índice ficou em 75,3 pontos, próximo do menor valor histórico, de 71,6 pontos, registrado em setembro de 2011.
De acordo com o gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apesar da alta verificada em setembro, o índice ainda está baixo. Para ele, o aumento registrado no terceiro trimestre pode ser resultado da retração da atividade industrial e das notícias sobre a redução do ritmo de expansão do emprego.
A pesquisa aponta que o medo do desemprego teve as maiores altas no Centro-Oeste e no Norte, onde o índice cresceu 15,1% em setembro na comparação com junho.
Na análise por idade, o temor é maior entre as pessoas que têm entre 40 e 49 anos; por escolaridade, entre os que têm curso superior; e, por renda, entre quem ganha até um salário mínimo.
Mais felizes - Apesar do maior temor, a pesquisa também aponta que os brasileiros estão mais felizes. O índice que mede a satisfação com a vida cresceu 1,7% em setembro diante de junho e é o terceiro maior da série, que começou em 2003.
A pesquisa Termômetro da Sociedade Brasileira do terceiro trimestre foi feita com 2002 pessoas maiores de 16 anos entre os dias 17 e 21 de setembro. (FP)