Taxas caem e reduzem calote no país

A redução dos juros bancários e a melhoria da renda estão diminuindo a inadimplência no país. Em setembro, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor caiu 1,9% na comparação com agosto. Esse é o quarto mês consecutivo de recuos. A média de contratos com pagamento em atraso registrou, no mês passado, a quarta maior queda mensal em 2012. Dados da Boa Vista Serviços apontam no mesmo sentido e indicam que a quantidade de novos registros de inadimplentes caiu 3,3% em setembro, desconsiderando os efeitos sazonais.

Os resultados sugerem que as melhorias nas condições do crédito na economia – queda da taxa básica de juros e spreads bancários, e o movimento contínuo do aumento da população com vínculo empregatício ao longo dos últimos meses – estão colaborando com redução do número de calotes. Ainda assim, a inadimplência crescerá em 2012 na comparação com 2011. Ao colocar lado a lado setembro de 2012 e igual mês do ano passado, a inadimplência do consumidor avançou 8,2%. Em agosto, na comparação com agosto de 2011, o número de maus pagadores havia crescido 7%.

Operadora de telemarketing, Edna Lima quita dívidas para recuperar sua capacidade de comprar a prazo com a chegada do fim do ano

Nessa quarta-feira, a operadora de telemerketing Edna Lima, que há dois anos deixou de pagar a conta de uma empresa de telefonia, resolveu retirar o seu nome do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). “Quero fazer isso para poder comprar a prazo a qualquer hora”, sustenta. De acordo com Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian, a inadimplência vai continuar recuando nos próximos meses e entrará 2013 ainda apresentando quedas. ”Isso se deve aos juros mais baixos, ao interesse do consumidor em negociar suas dívidas, à portabilidade do crédito, aos grandes lotes de restituição do Imposto de Renda e ao pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados”, observa.

Segundo a Boa Vista Serviços, porém, no setor de varejo, a retração na inadimplência foi menor, registrando variação negativa de 2,2%, descontados os efeitos sazonais. A maior retração foi percebida na Região Centro-Oeste com um recuo de 4,1%. A Região Sul foi a única a apresentar crescimento (1,3%).

Fonte: Estado de Minas